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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cristãos Anões: Um Grave Problema para a Tarefa da Igreja

                                                                                          Carmelo Peixoto

     

No começo, a gente evita fazer colocações com receio de ser visto como uma pessoa que tem atitudes antipáticas até que vamos adquirindo conhecimento bíblico e vamos discernindo problemas na igreja, quando, então, não dá mais para medir as palavras.

      Temos hoje um grave problema na igreja cristã do Brasil e creio também na igreja do Ocidente. A falta de crescimento espiritual, de conhecimento bíblico, de crescimento na graça; enfim de intimidade, de doutrina e de vida devocional.

      Nós nos acostumamos a isto, como se isto não fosse algo extremamente grave por ser prejudicial ao crescimento saudável da igreja. Como impactar um bairro, uma cidade, um estado ou província com uma igreja que não conhece a Bíblia e não tem conhecimento da sua vontade nem sabedoria nem inteligência espiritual? (Col 1.9) Resta alguma esperança neste sentido quando o apóstolo afirma que estas qualidades são pré-requisitos para andar dignamente diante do Senhor e frutificar em toda boa obra? (Col. 1.10).

      Não deveríamos nos conformar com isto, mas investir pesado no conhecimento de vida devocional do povo de Deus para que este tenha poder de interceder pelas famílias, pela igreja, pela nação e pelas autoridades, para que este povo tenha autoridade de pregar com a boca e com a vida. Deveríamos agradar só a Deus e exortar sem medo de ofender alguém pois sem tais conhecimentos não haverá fruto que traga glória para Deus.

      O resultado está aí: falta de poder de pais influenciarem os filhos no caminho de Deus, perda de foco na glória, foco em coisas deste mundo (secularização sutil ou descarada), ganância por prestígio, vaidade dos líderes, orgulho, defensiva mútua nas relações interpessoais (poucos tomam a cruz), religiosidade, invasão de falsos cristãos, rejeição da mensagem do evangelho, avanço de seitas, avanço de filosofias nocivas ao cristianismo bíblico, deturpação de valores; a lista não tem fim...

       Precisamos voltar a ter a Palavra de Deus,  a Bíblia, como alegria, nosso prazer, nossa ângulo de visão. Isto deve contagiar o povo. Quem principalmente a ensina a Bíblia ou prega sobre ela deve amá-la tão profundamente de modo que ao pregá-la ou ensiná-la, a luz poderosa das Escrituras Sagradas, com a benção do Senhor, possa penetrar o coração dos ouvintes a fim de que eles também amem a Palavra de Deus.

      O povo está sendo destruído por falta de conhecimento. Insisto, é grave. Devemos orar por todos, devemos orar pelo poder do Senhor nas nossas pregações e aulas. Não se trata de uma questão de conhecimento intelectual apenas, mas de clareza e discernimento espiritual pois é sobre isto que o apóstolo Paulo escreve "não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;". (Col. 1.9)

      Que o Senhor nos conceda esta disposição de fazer o seu povo crescer no conhecimento e na graça, de ter intimidade com o Senhor, aliar doutrina e prática e virar esta mesa que o espírito anticristão do mundo tenta instalar.













sábado, 16 de julho de 2016

Jesus Alertou, Paulo Explicou, o Povo Esqueceu

                                                                                           Carmelo Peixoto

    Disse Jesus para os discípulos "Vigiai e orai para que não entreis em tentação..." (cf. Mateus 26:41); Paulo, por sua vez, nos chamou a nossa atenção para o fato de que o pecado "me enganou e me matou" (Romanos 7) e que não devemos andar na carne (Gálatas 8); além disso Paulo descreve os inimigos espirituais em Efésios 6:10-18.

    O povo, contudo, esqueceu destas exortações. É triste ver tanto texto no meio evangélico falando de vitória sem falar da cruz, do arrependimento de pecados, da luta contra a carne. O foco tem sido o "inimigo", Satanás, como se tivéssemos só um inimigo. Há uma mentalidade simplificadora nesta geração que pode vencer as batalhas da vida sem a oração, sem a vigilância contra o nosso próprio pecado, a carne, o mundo e o diabo.

    O resultado disso vem sendo demonstrado em fracassos na evangelização por parte da igreja,  fracassos no conhecimento bíblico e na sua aplicação no viver diário,; na vida de muitos crentes velhos na fé nas igrejas que nunca choraram por uma alma;  na destruição de famílias pela sedução de homens, mulheres por causa da inversão dos valores; na desconstrução e eliminação dos absolutos e na sedução dos jovens pela via dos apelos sociais de ordem moral anticristã; um festival de problemas que denunciam a falta de poder da igreja diante das batalhas.

    Não há por que minimizar o alerta de Jesus e a seriedade das exortações de Paulo com respeito à batalha espiritual. A luta é grande. Alguém objetará com razão que temos um grande Deus. Mas muitos se esquecem de que temos de fazer a nossa parte: odiar o pecado, colocar o reino de Deus em primeiro lugar e, por conseguinte, ler, orar, buscar ao Senhor, ter intimidade com Ele para ter poder espiritual de testemunhar da sua graça e, assim, sermos seus resplandecentes luzeiros neste mundo.

    Gostamos das últimas novidades, das últimas notícias, das últimas discussões. Mas não temos tempo de parar e ficar a sós com Aquele que criou todas as coisas e que nos salvou pela sua graça mediante a fé nos sangue de Seu Filho. Não nos incomoda o sofrimento no Iraque e na Síria imposto pelos grupos de terroristas; não encontramos tempo para um devocional em família a não ser quando a barra pesa no bolso. Preferimos os passatempos ao prazer de um tempo dedicado à comunhão e à oração.

    Creio que o erro desta geração está em minimizar a seriedade e a importância das palavras de Jesus e das exortações de Paulo. Há gente distraída demais. Há gente que acha que o diabo parou de perseguir a igreja. Há gente que não crê que o diabo é inteligente o suficiente para produzir falácias na Ciência, na Política, na filosofia, etc.

    Quanta ingenuidade! Deus na sua fidelidade tem ouvido nossas orações, mas nos chama a um exame diário do que está errado em nós. E penso que tudo começa com o arrependimento de negligenciar a leitura e o estudo da Palavra e orar pouco. A igreja foi feita para vencer. Mas temos que fazer a nossa parte: ler, estudar e amar a Palavra; vivê-la. Orar perseverantemente. Depois as coisas irão ficando mais claras. Nossa falta de poder é uma excelente oportunidade de examinarmos o nosso coração para sabermos onde estamos errando e podermos consertar as coisas diante do nosso Pai, que é rico em perdoar, que começou boa obra em nós e que vai terminá-la.


domingo, 19 de junho de 2016

O Inútil Combate às Consequências

                                                                                               Carmelo Peixoto

    Algo tem me inquietado em alguns pregadores, que, ao que parece, não são poucos. É o combate às consequências dos problemas e não, às causas. Muitos pregadores, líderes e dirigentes têm expressado o seu inconformismo com a situação do povo de Deus no tocante ao seu compromisso com o Reino. De fato, o povo arranja tempo para tudo: para estudar para concurso, para viajar, para envolver-se em coral, em ministério de música, em grandes programações que implicam gastos, viagens e tempo. Mas não encontram tempo para cultos e reuniões de oração, leitura e estudo da Palavra de Deus, como na escola bíblica.

    O povo não tem demonstrado conhecimento da Palavra de Deus, adere facilmente a modismos religiosos, conhece os nomes dos ícones da música gospel, canta qualquer cântico, mesmo quando a letra contraria a doutrina bíblica. O povo não encontra tempo para visitar quem está doente, para evangelizar, entregar folhetos, para socorrer os aflitos, entre outras atividades que integram o núcleo de ação transformadora da igreja. Este fato tem incomodado pregadores, pastores, líderes com justa razão.

    Contudo não vejo (pelo menos ainda não vi) ninguém perguntar sobre a causa destes comportamentos e atitudes. Talvez a ausência de se preocupar com as causas, fazendo as perguntas cujas respostas explicariam tais comportamentos e posturas, seja (tal ausência) a responsável por considerável número de sermões e palestras que focam no "não faça assim" ou "faça assim", enfatizando e cobrando novas atitudes mas não tocando nas feridas causadoras destas condutas.

    Pergunto: por que homens e mulheres jovens do passado revolucionaram as cidades e nações do mundo com a pregação do Evangelho de Cristo, enquanto os jovens das igrejas hoje, por exemplo, são engolidos pela retórica da universidade, pelo discurso científico e pelos seus círculos mais desafetos ao Cristianismo bíblico, chegando a abandonar a fé, por apenas o contato com professores ateus teóricos ou práticos?

    Ufa, ficou de fato uma pergunta longa... mas fiz questão de colocar o quadro completo.

    Não está na hora fazermos a pergunta que nos leve a causa, pergunta variável de igreja para igreja mas que nos levará à origem do problema? A princípio dá para concluir que não há uma resposta única. Todavia devemos começar a movimentarmos nossas compreensão nesta direção.

    Em todo caso, tenho uma prévia opinião e penso que não estou errado, pelo menos até o presente momento: não estamos pregando sobre a cruz de Cristo, sobre o sangue do Cordeiro, sobre a ira de Deus, sobre as glórias do porvir, sobre a necessidade de arrependimento. O resultado disso se traduz na existência de jovens sem o amor constrangedor de Cristo, sem a esperança da salvação e sem o sentido da vida, sem o prazer de estar com o Senhor e sem ver sentido na igreja. Esse vácuo está sendo preenchido pelos secularismo da cultura. Entenderam?

    Graças a Deus que há solução. Precisamos, contudo, fazer a nossa parte e pregar toda a verdade do Evangelho de Jesus Cristo. Ele deve ser o centro de nossa pregação e não, os costumes; ele deve ser o tema de nossos sermões e estudos e não, o compromisso. O compromisso com o Reino é consequência da visão interior que o cristão tem deste Rei e Salvador, do Seu Reino e de Sua Glória. Seja ele o centro da nossa mensagem. Seja a cruz o núcleo temático em torno do qual giram as nossas afirmações. Esta mensagem precisa urgentemente ser pregada com o poder do Espírito de Deus em púlpitos por pregadores que, eles mesmos, estejam com o coração ardendo de amor ao Salvador, cheios do poder de Deus. O pregador, assim, deve estar cheio do Espírito. A igreja (jovens, crianças e adultos) ouvirá, e a glória do Evangelho inundará os corações pelo poder de Deus. Transbordará para dentro das universidades e escolas. Irá para a política, para o direito, para o trabalho, para a comunidade, para a família.

    Tem sido assim durante séculos. Por que haveria de ser diferente?


domingo, 21 de junho de 2015

Porta Estreita e Caminho Apertado

                                                                                                    Carmelo Peixoto
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Mateus 7:14

O título parece desnecessário na segunda expressão, pois o versículo no qual está baseado é bastante conhecido e está na  fala do Senhor Jesus: "E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." (Mateus 7:14).  No entanto, quando se olha para a situação espiritual de hoje na igreja em países como o nosso, vê-se a necessidade de lembrar que, depois de desejar entrar  no Reino de Deus, depois aceitar Cristo pela fé no seu sangue, de fazer parte do Corpo de Cristo, o cristão precisa reconhecer que a vida cristã implica abnegação. Quem entra no Reino (pela fé no sangue do Cordeiro de Deus) nunca deve esquecer que assim como a porta é estreita, o caminho é apertado. Vai ter que seguir o Cordeiro tomando dia a dia a sua cruz, vai ter que fazer estrada reta para os pés, não desviar-se nem para a esquerda nem para a direita, amar os inimigos, combater o erro, crescer no conhecimento e na graça, defender a verdade da Palavra de Deus ainda que fique só ou abandonado pelos amigos. Vai precisar olhar a vida com os olhos de Deus, isto é, ter sabedoria. Vai ter que ser ousado, orar, às vezes, por mudanças de líderes e pregadores que causam escândalos como o fez Paulo no seu zelo, denunciando e expondo os erros ( Paulo não era omisso e frouxo como muitos hoje); romper com amizades que não glorificam a Deus para que Deus seja exaltado; vai precisar abandonar os hábitos da carne, as perspectivas da filosofia do mundo que não trazem paz ao coração. Vai precisar combater os próprios ídolos, vaidades e costumes mundanos. Vai ter que aprender a ser corrigido, humilhado, abandonado, desprezado e até rejeitado por uma igreja secularizada, infiel, que se esbalda em festas pagãs por desconhecer as Escrituras Sagradas. Vai ter que aprender a silenciar, esperar o tempo de Deus, ter discernimento, continuar confiando nas promessas, não julgar ninguém; vai ter que se submeter às lideranças fiéis e saudáveis e não dar ouvidos às que não ouvem a Palavra de Deus. Vai ter que ter como propósito central da vida viver para a glória de Deus e deixar guiar-se, efetivamente, por este propósito com graça de Deus. De fato, o caminho é apertado, mas conduz ao céu. É um caminho de responsabilidade, santidade e combate. Exige determinação e fé.

Ah... irmãos, que o Senhor nos conceda graça  suficiente para entendermos que tudo isto vale a pena, que este caminho apertado é o melhor e o mais elevado, pois nos eleva Àquele que habita nas alturas, cuja luz nenhum dos homens viu nem pode ver; que Jesus Cristo está conosco até o fim dos tempos, e que Ele é digno de receber a honra e a glória de nossos corações.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Igreja com Pouca Oração

                                                                                              Carmelo Peixoto

"E, perseverando unânimes todos os dias no Templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração," (Atos 2:46)

O título faz menção à igreja, mas vou incluir neste post igreja local com o crente considerado individualmente. Penso em quanto tempo desperdiçado com outros apelos sociais: internet, tv, programações, reuniões, discussões intermináveis. Nossa geração de crentes não conhece a história da igreja para ver o que Deus fez ao longo de todos os séculos. Ao que parece, os crentes que eu conheço, nesta geração, com conhecimento mediano, que é a maioria,  conhecem bem de 40 anos pará cá. Seguem alheios à batalha espiritual contra o mal, não se informam do sofrimento de milhares de vidas expulsas de suas casas e de seus territórios, desabrigados por terremoto, por perseguição, por guerra civil. Suas vidas se resumem a cuidar de suas vidas e de seus "pequenos" sonhos, seu negócio, seu ministério na igreja local, seu restaurante, seu plano de viagens. Estas coisas com certeza são boas e necessárias. Não nego o valor delas, eu também desfruto delas. Há, contudo, dezenas de pessoas que passam de largo ao sofrimento do outro ou por falta de crescimento ("esqueceram da purificação dos seus antigos pecados" - cf. 2 Pedro 1:19) ou por um perfil angustiado que pensa exclusivamente em si e na sua família. Outros gastam tempo com o time de futebol do coração mas não com oração. Gastam tempo em projetos seculares mas não em oração. Compreendo isto sem dificuldade. Por outras palavras, a vida de oração é para aqueles que leem diariamente a Palavra de Deus, que se informaram da condição do homem no mundo, para aqueles que não se deixam iludir com a aparência deste mundo, que não trocam uma vida de serviço a Deus e ao próximo pelo conforto material. A vida de oração só pode ser vivida por aqueles que não param de vigiar obedecendo à orientação de Cristo: "Orai e vigiai para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41). A vida de oração só faz sentido para aquele que não trocou o amor pelas almas e o amor ao Reino de Deus pelo "lugar ao sol" neste mundo escuro. E perfeitamente compreensível que a calamidade moral que assola este mundo em todas as áreas da cultura coincide historicamente com a crise de integridade e de autenticidade na igreja cristã.

Uma igreja com pouca oração não é o projeto de Deus. Deus quer uma igreja que ore sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17), que persevere em oração (como está no livro de Atos 1:14;2:46); Deus deseja que o Seu povo interceda pelos pecadores, tome a sua cruz e siga o Seu Mestre. Uma igreja em que Deus seja a prioridade, o Seu Reino, o anelo de seu povo, o engrandecimento do Reino de Deus na Terra, o seu alvo, e a exaltação de Cristo seja o fator central em toda a vida cristã no mundo inteiro. Ora, não se concebe nada disso sem uma vida de oração extraordinária, perseverante, suplicante; não se concebe esta vitória sobre o mal com um coração dúbio, dividido entre dois senhores ( O Senhor e as riquezas). A vida de oração funciona como um termômetro da nossa comunhão com o nosso Deus. Quanto mais íntimos de Deus, mais prazer na oração, mais oração perseverante, mais vigilância, mais visão espiritual. Não se pode como crente levar um estilo moderno ou pós-moderno. A cruz de Cristo, a renúncia à carne e estar crucificado para o mundo integram o ensino do Novo Testamento.

Neste sentido, é fundamental pensarmos em Jesus, o que ele fez por nós na cruz, o que Ele é para nós, o que Ele faz por nós, o que Ele fará por nós. Ah, irmãos. Mas é preciso orar igualmente por isso, pois esquecemos com facilidade. Devemos clamar que Deus toque no nosso coração para nunca nos esquecermos de sua obra redentora e devemos clamar que Ele nos dê o impulso para servi-LO visando a promoção do Seu Reino; para que ele aqueça o nosso coração a fim de alcançarmos outros. Esta deve ser a atitude e a  atividade principal em nossa vida de oração. Além disso, a prática  de alcançar outros deve colorir nossa vida cristã. Uma vida que não ora por isso deixa de focar no principal que é a glorificação do nome de Deus nos que são salvos. O mal neste mundo é muito grande, o crente, por outro lado, é o único que pode desfrutar da alegria perfeita neste mundo, e não há maior alegria do que comemorar a salvação de alguém juntamente com o Céu. Uma igreja com pouca oração e uma vida com pouca oração passarão ao largo de toda esta maravilhosa graça de lutar ao lado daquele que espera que o façamos, ao lado daquele que já venceu o mundo e nos resgatou para o Seu Reino celestial, o qual jamais terá fim. Avivamento é o fruto que se colhe de uma vida de fidelidade. A oração tem lugar central juntamente com a obediência à Palavra nesta maravilha da graça de Deus, que é o avivamento.












domingo, 29 de março de 2015

Um Coração Aquecido por Cristo



                                                                   Carmelo Peixoto

A Bíblia diz que "é grande o mal que pesa sobre o homem." (Eclesiastes 8:6). Por toda a parte, pecado: egoísmo, traições, infidelidade, suborno, abusos, violência, tristeza, abatimento, decepçao, etc. A História do homem no mundo o comprova. É um vale de lágrimas este mundo: morte, dor, desespero. Mesmo para aqueles que foram alcançados pela graça de Jesus Cristo, é difícil a luta contra o pecado na carne mortal. O cristão verdadeiramente salvo por Jesus anseia pelo dia em que se verá livre para sempre da presença do pecado, o glorioso dia.

Tudo a sua volta, portanto, é marcado pelo mal. O antídoto está em sempre manter o escudo da fé e as outras proteções espirituais da armadura de Deus, a submissão constante a Deus, o fortalecimento no Senhor e na força do Seu poder. Este fortalecimento é o equipamento para a batalha contra o mal.

Há, contudo, um aspecto neste conjunto que serve como bálsamo em meio a esta guerra pela felicidade que há em Cristo Jesus. É o coração aquecido pela força que vem das promessas do Senhor Jesus: "e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." (Mateus 28:20b), para citar apenas uma dessas promessas.

De fato, a certeza da presença de Deus conosco (Emanuel) nos permite enfrentar as batalhas.Quando os dois discípulos de Emaús estavam se retirando de Jerusalém, desanimados no terceiro dia por serem tardos de coração para crerem nas promessas, o próprio Senhor Jesus se aproxima deles e lhes traz à memória tudo o que fora escrito a respeito do Cristo no Velho Testamento, ao ponto de aqueles desanimados discípulos O convidarem a ficar com eles. A história está em Lucas 24 e é um dos mais lindos e poderosos ensinamentos da Bíblia que o Senhor nos traz na Sua Palavra. Após ter comunhão com os discípulos abrindo-lhes os olhos do coração, o Senhor Jesus desapareceu da presença deles. Eles então dizem um ao outro: " Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?" Meus irmãos, era tudo o que aqueles dois crentes precisavam: Rever as promessas, continuar confiando,iluminados os olhos do coração e a certeza da fidelidade de Deus, a presença de Deus conosco. 

Precisamos ter um coração aquecido por Cristo. Peçamos ao Senhor que Ele abra para nós a sua Palavra, ilumine a nossa mente na Sua palavra. A lembrança e o conhecimento da Sua Palavra, das Suas promessas aquecerão o nosso coração e, assim como aqueles discípulos, teremos força para voltarmos a Jerusalém, para nos alegrarmos na esperança, para sermos pacientes na tribulação, para perserverar em oração e confiar totalmente na graça que nos foi oferecida na redenção que há em Cristo Jesus. Desse modo, estaremos com o coração aquecido por Cristo e esperaremos o que Ele haverá de fazer através de nós, quando Ele nos revestir do Seu poder. 


Se você está interessado num avivamento espiritual, saiba que este é o melhor caminho. Escute as promessas do Senhor, confie nele.  Não busque atalhos. Não há atalhos para a força espiritual. Há um caminho: a fé que vem pelo ouvir a Palavra, a vitória que vence o mundo. Busquemos o Senhor continuamente, vigiando, orando, combatendo em oração. Nossas fracas orações quando juntas farão grandes mudanças neste mundo de pecado. Lembremos: "Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;" 1 Coríntios 1:27.






Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?

Lucas 24:32
Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?

Lucas 24:32

domingo, 26 de outubro de 2014

O Senhor Reina

                                                                                        Carmelo Peixoto

Faz toda a diferença saber ou lembrar que Deus Reina. Nada absolutamente foge ao seu controle. "Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor." (Provérbios 21:30) Entre os muitos problemas que afligem o povo de Deus no tempo presente está  uma percepção limitada da Pessoa de Deus. Deus é o Rei Supremo e Governante do Universo, Ele reina, controla tudo, intervém maravilhosamente em tudo, acima de tudo e todos. Não pede licença  nem dá satisfação a ninguém, a nenhuma autoridade ou pessoa neste mundo, porque "  Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças..." (cf. Isaías 40:15a)  Sua onipotência, onisciência e onipresença impedem alguém vencê-lO ou fugir a Sua supremacia. Sua natureza é indestrutível, sua sabedoria e perfeição infinitas. Seu nível moral infinito, insuperável, sua fidelidade é inefável. Tem feito grandes coisas na história.

Apesar disso, o Seu povo, em parte, O tem deixado, passando a confiar em pequenos benefícios passageiros desta vida, apostando em coisas, pessoas, grupos, ideologias que contrariam a sua fé. Gente mal informada sobre a grandeza de Deus, gente que não conhece a Palavra de Deus (A Bíblia), gente sem crescimento espiritual, gente sem discernimento espiritual para conhecer o bem e o mal, gente que não sabe das coisas que estão acontecendo no mundo, gente que não quer que mexam no seu pequeno mundo religioso, gente que interpreta a vida na sua mente carnal. Uma mente pequena, fechada, sem informações, sem cultura bíblica acaba acreditando em palavras, propostas e conceitos e nocivos à própria fé cristã.

Ora, num estado de coisas desse, a única alternativa que resta para os que cresceram na fé, que estão atentos ao que se passa ao redor da igreja é clamar por misericórdia a Deus para que Ele envie um poderoso avivamento que desarme os inimigos do Evangelho e leve a Cristo muitas almas aflitas. Um poderoso avivamento que sacuda a nação. Não se deve mais esperar que os que ainda não viram o quadro ao redor da igreja façam alguma coisa. A visão espiritual  é para os que buscam a Deus. Quem lê a Bíblia fielmente, obedece os seus mandamentos, crê nas suas promessas, conhece sobre Deus e sobre a vida espiritual. São estes que podem ser instrumentos de Deus. Ao contrário, os omissos e os que ainda não despertaram, no meu entendimento, não estão em condição de se lançarem em oração e pedirem a Deus um avivamento. A tendência é que eles fiquem no canto deles, quietos, paralisados até que cresçam na fé. Então, resta que os que estão despertos clamem por poder, por poder para pregarem intrepidamente o Evangelho que nos foi confiado, batalhando juntos pela fé evangélica. Por que contar ou esperar por quem não se pronuncia? Por que esperar por quem está trabalhando para difundir apoio a pessoas que defendem propostas antibíblicas?

Caiamos de joelhos, irmãos, porque o Senhor reina, e ele está do nosso lado. Esta fé que temos nos foi dada para batalharmos por ela. Falar pouco, não tentar provar nada, lembrando-se que o Senhor reina. Quando Deus entra na batalha, os inimigos fogem espavoridos, "Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco, a lança; queima os carros no fogo. " (Salmos 46:9), "Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor." (Salmos 97:3). É hora de buscar um avivamento na igreja cristã. Já lemos bons autores, conhecemos frases de homens de Deus. Tudo isto é importante. Contudo, o mais urgente agora é pedir a Deus um avivamento para a Sua Igreja. Clamemos: ó Deus, vem para dentro desta batalha e aviva a Tua obra no meio dos anos. Olha para as crianças, os idosos, os deprimidos. Deus é misericordioso e ouve a oração do Seu povo. Está sensibilizado para todas estas questões? Comece um pequeno grupo de oração para orar por um avivamento. Deus haverá de ter misericórdia.






quinta-feira, 26 de junho de 2014

O que é Pregação expositiva

                                                  Por Hernandes Dias Lopes  (resumo)*

O que é Pregação expositiva?
A pregação expositiva pode ser resumida em três pontos:

Ler o texto. Se um pregador lê o texto rapidamente, provavelmente ele pregará algo que não tem nada a ver com o texto.

Explique o texto. Você conhece pregadores que leem o texto, mas pregam algo totalmente diferente? O sermão emana do texto e explica o texto. Não coloque no texto as suas ideias. Não tenha algo pré-concebido na mente e procure um texto para apoiar a sua ideia humana. O verdadeiro pregador é somente um canal explicativo do texto bíblico.

Aplicar o texto. Pregação não é um discurso em um auditório, mas um discurso ao auditório. Uma pregação deve pegar as palavras do passado e aplicá-las  às pessoas de hoje. Mas cuidado, se você não interpretar corretamente o texto, você pode aplicá-lo de forma herética, colocando palavras na boca de Deus.
Por que pregadores não pregam expositivamente?

Alguns dos motivos são:
Não é ensinado em muitos seminários.
Não tem uma boa biblioteca, nem a leem. Os motivos disso podem ser (1) falta de recursos e (2) desinteresse na leitura.
Terrível tensão entre pregação e liturgia (uma hora de música e 10 min. de pregação).
Vantagens da pregação expositiva

Podemos listar no mínimo três vantagens da pregação expositiva:

A grande vantagem da pregação expositiva é que ela almeja ser fiel (“assim diz o Senhor”) e não popular.

Outra vantagem é não ter que ficar cassando a pregação, pois o livro a ser exposto já foi definido previamente.

Também evita melindres, pois é pregado o que está no texto, doa quem doer.

Essas coisas são importantes, mas de nada adiantará se você não colocar seu coração nisso. A pior coisa é ficarmos acostumados com o sagrado – com a santidade da pregação. Você acredita no que você prega? Precisamos desesperadamente de um reavivamento no púlpito. John Wesley dizia: põe fogo no seu sermão ou põe seu sermão no fogo.

*Por: Hernandes Dias Lopes. Editora Fiel 2006 – 2012 © Todos os direitos reservados.
Resumo por: Voltemos ao Evangelho ©. Website: www.voltemosaoevangelho.com

Permissões do Resumo: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e seu ministério, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/10/hernandes-dias-lopes-a-importancia-da-pregacao-expositiva-para-crescimento-saudavel-da-igreja-fiel2012/ acesso em  26/06/2014


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Sofrimento de Quem tem Visão para Servir

                                                                                                      Carmelo Peixoto
 
 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; (1 Coríntios 1:27)

Queridos, Durante todo este tempo, desde que começei a trabalhar nas igrejas por onde andei, sempre participando de algum ministéio, tenho visto queixas de falta de apoio para desenvolvimento de certos projetos ousados. Há sempre alguém que está vendo mais longe, pela graça do Senhor, e não recebe a devida atenção por parte do povo de Deus. Tenho visto isto há quase vinte anos. A este respeito quero fazer algumas afirmações que podem servir para os que estiverem  passando por alguma situação semelhante.

Primeiramente, quero dizer que a obra de Deus só pode ser feita por aqueles que se deixam consumir pelo ideal de glorificar a Deus. Se eu e você não propusermos em nossos corações servirmos a Deus pela graça dEle, se não conduzirmos nossa vida na Sua Providência, não poderemos fazer nada. Nossa visão será pequena e não poderemos ser instrumentos abençoadores em Suas mãos. Mais ainda, mesmo que tenhamos uma visão do que ele quer para nós, lutaremos com as dificuldades de uma geração de crentes professos bombardeados pelas metralhadoras implacáveis do secularismo: ateísmo, consumismo, materialismo, cientificismo, etc. Uma geração de crentes que não aprenderam a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça. Para muitos desses cristãos, está, prioritariamente, o concurso público, depois o buscar o Reino de Deus; primeiro está o emprego deles, o apartamento deles , o seu veículo próprio, as suas viagens, os seus sonhos, e depois o buscar o Reino de Deus, ao contrário do que O Senhor ensinou. Se, todavia, esperarmos usá-los na obra, as dificuldades se tornarão maiores, porque uma pessoa mergulhada no egocentrismo, voltada para fincar raízes neste mundo, não entende e não sabe como  lutar com as armas apropriadas contra o mundo. a carne e o diabo.

Por outro lado, quem tem visão, vai levar a sua semente chorando, mas vai voltar trazendo consigo os seus molhos. Precisamos orar para que Deus mande as pessoas com as quais vamos trabalhar. Pessoas despertadas, com visão, dispostas a sofrer e a não se queixar. A ordem, contudo, é clara, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas. É Deus quem acrescenta, a visão, as pessoas, os frutos. Esperemos nEle.

Em segundo lugar, por causa dos fatos já descritos, precisamos aprender a contar com poucos, sabendo que, por conta do quadro do pouco conhecimento que o povo de Deus tem das Escrituras, contaremos com um pequeno contingente de irmãos, e aprender a contar cada vez mais com a graça de Deus, que suprirá  todas as nossas necessidades em Cristo Jesus. Amados, os crentes hoje tem Bíblia de Estudo, livros e liberdade para estudar. Há vários cursos que hoje são oferecidos, as oportunidades as mais variadas. Mas o conceito de pecado que os crentes tem hoje é pequeno. Eles não sabem a gravidade do pecado, que o pecado destruiu a felicidade da raça humana na história do mundo e continua destruindo, que o pecado levou o nosso salvador à morte, que o pecado é o maior mal do mundo e que todos os outros derivam dele. O Conceito que tem de Deus é pequeno, o Deus Soberano, Onipotente, Onisciente, Onipotente, Santo, que condena o pecado onde ele se manifestar, o Rei dos Séculos, imortal, invisível que culpado não tem por inocente, ao que parece, não está na mente desses cristãos. Falta temor. Não estudam as Bíblias que têm, não leem-nas, não compartilham o conhecimento de seus ensinos. Há pouca gente com a Bíblia no coração, com a Palavra de Deus no coração. Estamos contando com poucos soldades bem treinados. Há igrejas que mantém a Bíblia só no púlpito. Suas reuniões seguem outros critérios e outros princípios. Não é de estranhar, pois, que a comunhão seja pouca, que o calor humano seja pequeno, que tudo se reduza a expressões religiosas entre os que professam ser cristãos. Os tempos são difíceis como escreveu Paulo, pois há indicações que há homens egoístas.

Por último, precisamos reconhecer e aceitar maravilhados que apesar de nossas fraquezas e falta de diplomas, Deus nos escolheu e se nos consagrarmos ao nosso Deus, Ele nos usará e faremos toda a diferença, mesmo causando inveja- lamentavelmente-, naqueles que não fazem e não querem que outros façam. Quem não cresce na fé, vira religioso e não entende que o outro cresceu na fé e que deseja servir ao Senhor. Neste caso a solução é não desistir, continuar orando, clamando por graça para termos o apoio necessário para o serviço incluindo tudo o que é necessário. As dificuldades vão existir, alguém vai criticar, alguém vai desprezar, os problemas vão chegar, mas, assim como Paulo, tudo sofreremos, contanto que cumpramos o propósito de Cristo para a nossa vida. Se o Senhor está atendendo nossas petições, se Ele quer abençoar os homens e fazer o Seu Nome conhecido,  e eu e você nos dispomos a servi-LO, então não desistamos. Maravilhe-se de que Deus, na Sua misericórdia permitiu que você tivesse este entendimento espiritual e tivesse este alvo. Vá em frente. Deus escolheu as coisas fracas para confundir as fortes.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Com os olhos na Eternidade: Graças a Deus

                                                                             Carmelo Peixoto

Deus...pôs a eternidade no coração do homem (Eclesiastes 3:11)

Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da perversidade. Salmos 84:10

Onde estão os teus olhos? Estou falando dos olhos do coração. Para onde os olhos do coração estiverem olhando, para lá também estarão olhando os olhos físicos. Fanny Crosby não enxergava, apesar disso deixou mais de 6.000 hinos de louvor a Deus.  Paulo orou para que os efésios tivessem “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;” (Efésios 1:18).  Paulo preocupou-se com o conhecimento que os efésios teriam a respeito da esperança, das riquezas da glória da herança de Deus nos santos. Ao contrário, e como bem coloca Brian Edwards*, a nossa sociedade “está ocupada em subtrair da mente humana a eternidade e o conhecimento de Deus”. O cristão, por outro lado, tem o privilégio, pelos meios da graça, de manter os olhos na eternidade. Ele tem consciência da Criação e da nova criatura que ele é, ele sabe que Deus colocou o anseio pela eternidade no seu coração, mais do que nos que ainda não tem o conhecimento do plano de salvação e a fé nas Escrituras Sagradas; ele tem os meios da graça para lutar espiritualmente. Ele está desimpedido de correr a carreira que está proposta, porque o pecado não mais tem domínio sobre ele (Romanos 6:14). Ele mantém os olhos nas coisas celestiais e a sua esperança então continua viva. É isto que mantém a igreja passando adiante a mensagem de salvação, é isto que a manteve sofrendo perseguições e resistindo na história até os nossos dias. As riquezas de Deus, que Deus tem para nós. Num reavivamento, o senso da presença de Deus e estas suas riquezas estão bem vívidos nos corações dos crentes. O que precisamos é de Deus, mais de Deus.

Por que então tantos cristãos não conseguem firmar os seus olhos na eternidade, consagrar-se à oração,  dedicar-se ao serviço do Rei e frutificar na seara do Senhor?

Creio que algumas razões podem ser indicadas e, ao que tudo indica, todas atreladas à ausência desta visão espiritual de que estamos falando:

O bombardeio do mundo com apelos materiais: Hoje há uma produção sistemática de significados que remetem ao consumo, ao dinheiro, à sensualidade, ao conforto material nos diversos meios de comunicação. Isto tem atraído muito os grupos e segmentos de cristãos. É preciso uma consciência bem clara do que João escreveu: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15) O novo convertido deve ser alertado logo cedo. Combate-se isto ensinando de perto cada novo convertido. Investir numa alma requer tempo, paciência, comunhão, perseverança e muita oração.

A falta ou lentidão no crescimento espiritual: A cultura está destruindo as prioridades na vida de muitos cristãos. O estudo bíblico se resume a uma freqüência inconstante à escola bíblica dominical, por conta de trabalho, de acomodação, de estresse, de problemas de família, e de preferências individuais, que resultam em acomodação ao sistema e ou conformação a ele. Conhecer a Bíblia, familiarizar-se com os seus pontos mais básicos sobre as grandes doutrinas, livros, ensinos, personagens faz a diferença ao longo dos meses e anos.

3 Um conceito simplificado sobre Deus: Há muita gente que tem um conceito simplificado sobre Deus. Poucos vêem o Deus Soberano, Santo, Fiel. Os atributos de Deus são pouco conhecidos. Pouco se fala sobre a supremacia de Deus, sobre a sua onipotência, sua Onisciência, Sua onipresença. Não é comum encontramos pessoas que se reportem ao que Deus já fez na História, depois da era apostólica. Seus poderosos feitos não são muito comentados atualmente. Tira-se isto pelas conversas informais, aulas na escola bíblica, nas redes sociais, por exemplo. Fala-se muito nas promessas e de que “você vai ter vitória” (que é uma verdade, o crente tem vitória, somos mais do que vencedores, diz a Bíblia, por meio daquele que nos amou) , de que o crente terá vitória nas batalhas aqui na terra, mas não se fala muito, por exemplo, das tribulações, nas quais o crente pode se gloriar (Romanos 5:1-5) na esperança da glória de Deus. A ira santa de Deus sobre um mundo injusto também não é mencionada com frequência pelos cristãos professos desta geração. O discurso da religião de um modo geral, incluindo a área da música, focaliza, não raro, os interesses dos cristãos, os “sonhos dos cristãos, e não os planos de Deus.

4 Uma limitação sobre a importância da oração: Não se ensina sobre oração, sobre o que é oração, como orar, porque orar, o que a oração faz, a responsabilidade de orar, a necessidade da oração perseverante, o que a oração já fez nas nações. Não se contam fatos ilustrativos mostrando a vida de oração de fiéis servos de Deus do passado e do presente e do que Deus fez em resposta à oração. Incluo também aí o conhecimento da batalha espiritual, o que implica a conscientização da necessidade de oração. A oração também é um dos pilares em atos 2.42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”


 5 Ausência ou pouca comunhão entre os cristãos: Eu aprendi nesses 25 anos de crente que a comunhão faz o que muitas vezes uma pregação não faz. Há todo um conjunto de afetos, de adoração a Deus que acontecem numa reunião de comunhão que num culto não acontece. E acontece sempre pela graça de Deus, seja no culto ou nas reuniões de comunhão. Há muita gente desmotivada e decepcionada nas igrejas por causa de carência afetiva devido à solidão. A solidão deverá aumentar à medida que a sociedade se torna mais egoísta. Solidão e depressa andam juntas, Craig Ellison já dizia isto há décadas. O trabalho com pequenos grupos, por exemplo, é uma excelente estratégia. Ele estreita os vínculos e fornece a força motivacional necessária para o fraco se sentir amparado. Ninguém luta só. Os soldados lutam em pelotões e batalhões. A comunhão é um dos pilares em atos 2.42: E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”

Como fica, então, a visão de um crente que não cresce na fé, que não tem consciência da batalha espiritual e da correspondente necessidade de oração, que não estuda a Bíblia, que é bombardeado por um mundo de apelos materiais e que se sente só? Onde estarão os olhos desse crente? De que instrumentos ele dispõe para se defender de tudo que lhe embaraça, se não conhece a Palavra e não aprendeu a ser forte na oração, na palavra, na comunhão?

Ah, que eu e você não percamos o foco, que nossos olhos estejam na pátria celestial, de onde aguardamos o nosso salvador. Que sejamos capazes de gastar nosso tempo com Deus e com os mais novos, orando por eles, preocupando-nos com eles, insistindo com Deus para que Deus ilumine os nossos olhos (nossos e dos mais irmãos, especialmente dos mais novos) para a esperança do seu chamado (vocação), para as riquezas da glória da sua herança nos santos e para a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos. Isto fará uma grande diferença na vida de muitos cristãos, pois o problema hoje na igreja cristã do século XXI também passa pela questão da ênfase ou perspectiva em determinados aspectos. Ao colocar a ênfase nas coisas de Deus, na sua glória, na Sua riqueza, no Seu Reino, na esperança que temos, na felicidade eterna que temos em Cristo Jesus, tudo o mais vai para segundo plano. Esta foi a oração de Paulo. Devemos manter-nos nesta perspectiva. Os olhos na eternidade...  “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil.” (Salmo 84:10a)


*Edwards, Brian. A Presença de Deus no Avivamento – Uma Esperança para o Novo Milênio – In: http://www.editorafiel.com.br/fotos_produtos/revistas/pdf/00014.PDF acesso em 14/10/2012

















segunda-feira, 11 de junho de 2012

Avivamento: O Triunfo da Luz


                                                                                Carmelo Peixoto                      

John Wyccliffe a “Estrela d’alva da Reforma"
                                                                                   
“A verdadeira autoridade emana da Bíblia, que contém o suficiente para governar o mundo”
 
O que marcou a vida deste homem foi sua erudição e dedicação ao estudo da teologia. John Wicclife nasceu em Hipswell, no condado de Yorkshire na Inglaterra, em 1329. Sua vida foi marcada pela erudição e dedicação ao estudo da teologia.

Wycliffe viveu numa época cheia de pressões. Disputas religiosas, disputas entre o trono da Inglaterra e o papado, a peste negra, que dizimou um terço da Europa, o desvio da Palavra de Deus, heresias, imoralidade no clero.

Pelo seu conhecimento das Escrituras Sagradas, este homem cuja infância parece ter sido típica de uma pequena aldeia daquela época, começou a expor os erros da Igreja Romana, como, por exemplo, a idéia de que o poder temporal, o poder dos reis, originava-se do poder eclesiástico. Falou abertamente contra a hierarquia eclesiástica e negou a doutrina da transubstanciação Muitos se converteram com a sua pregação e seus escritos. Ele fundou uma associação de pregadores chamados Lolardos e enviou-os a pregar pelo país. 

Wycllife era um homem de oração e com certeza ele teve uma percepção clara das grandes verdades da Bíblia que haviam sido abandonadas. O Senhor o abençoou grandemente. Ele afirmava que

“As Escrituras são uma propriedade do povo e uma possessão que ninguém pode arrancar do povo. Cristo e seus apóstolos converteram o mundo por fazer conhecidas as Escrituras, e eu oro de todo o coração que , por obedecermos ao que está contido neste Livro, possamos provar a vida eterna.”

Juntamente com John Huss, que abraçou suas doutrinas e foi martirizado, foi o precursor da Reforma e abriu o caminho para que a Luz invadisse a Europa.

John Wycclife fez a versão da Bíblia para o inglês, colocando a Palavra de Deus na mão do povo da Inglaterra. Sua tradução com outros sábios foi baseada na versão latina da Bíblia, a Vulgata. A versão king James é baseada principalmente na versão de Wycliffe, de 1382.  Ele faleceu em 1384, sua influência foi muito grande em vários movimentos de reforma da igreja, especialmente na boêmia. 

A sua visão de que o importante é dar ao povo o conhecimento das Escrituras Sagradas, isto é, da Palavra de Deus, e sua luta para divulgá-la junto à nação da Inglaterra, fizeram as pessoas acordarem, houve salvação, a luz triunfou. É isto que um avivamento faz. Quando Deus usa um homem ou homens que amem a Palavra de Deus, que sejam homens de oração, que lutem para evangelizar e dar assim ao povo o conhecimento da Palavra de Deus, então Deus, na Sua misericórdia e bondade, usa esse homem ou esses homens dando-lhes uma colheita abundante de almas para a glória do Seu Reino. Pensemos na Igreja Cristã hoje, especialmente no ocidente. O que vemos? Falta de conhecimento da Palavra de Deus. Certo professor de história da Igreja relatou  numa conferência um fato preocupante nestes termos:

"A igreja moderna não tem ouvido a Escritura, a igreja moderna tem ouvido muitas vozes, mas tem ouvido muito pouco a Escritura. Às vezes, eu vou em igreja evangélica, ouço pregações em que o pastor nem abre a Bíblia". 

A igreja cristã precisa urgentemente abrir os olhos para esta situação. Os crentes devem ser ensinados nos pontos básicos da Palavra de Deus. Devem ser acompanhados desde cedo, edificados e bem edificados desde os primeiros dias de sua conversão. Há muita gente sem conhecimento da Palavra buscando ter vitórias mas sem crescimento e sem preparo para combater as forças do mal. Crianças na fé com anos de atraso na escola da Palavra de Deus. O resultado está aí. 

O avivamento virá se o povo de Deus se humilhar e orar. Como se humilharão se o orgulho da carne não foi derrotado pelo conhecimento vivencial da Escritura, se os olhos espirituais do coração não foram iluminados? Se os cristãos não souberem  na prática o que é buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, como poderão ter vitórias espirituais? 

O avivamento é o triunfo da luz, na história da igreja, quando a igreja se torna agente transformador das vidas dos homens. Ele poderá vir quando os crentes estiverem andando com uma vida consagrada à oração e à Palavra de Deus. Que Deus nos ajude a perseguir esta compreensão e a praticá-la em nome de Jesus, amém.

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Bibliografia consultada:
http://josemarreforma.blogspot.com.br/2006/06/john-wycliffe.html
http://www.teuministerio.com.br/BRSPIGBSDCMCMC/vsItemDisplay.dsp&objectID=383C6651-B303-46DE-87B77390F172F520&method=display
http://www.lettersvitae.com/wordpress/?p=793

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Intimidade x Superficialidade: A Luta do Cristão

                                                                               
                                                            Carmelo Peixoto                                                                                                             “O segredo do SENHOR é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança.” Salmos 25:14

 “Vivemos numa época pragmática. As pessoas hoje em dia não estão primariamente interessadas na verdade, e sim, em resultados. Sua pergunta sempre é: Isso funciona? Estão freneticamente buscando alguma coisa que possa ajudá-las.” (Martin Lloyd-Jones)

 A verdade sempre foi preciosa: não se consegue a não ser pela graça. Não se fica nela sem seriedade e perseverança. Não permanecer na verdade leva à futilidade, pois o mundo está cheio de armadilhas e distrações, além de opressão, é claro pois “ o mundo jaz no maligno”. Muitos cristãos modernos não examinam as Escrituras para ver o que podem fazer  para se libertar de seus problemas. Como resultado, acabam por encontrar métodos humanos para resolver tais dificuldades. Como todo método humano tem a marca do criador humano está sujeito a falhas. Então é isto o que acontece. Nesta época de superficialidade e de instantaneidade, as soluções que resultantes  de um trabalho mais lento, como do estudo diligente das Escrituras, da oração perseverante, por exemplo, ficam em segundo plano. O resultado é que estamos sempre acumulando problemas, porque o método de Deus não foi considerado. Para o não cristão, embora seja errado, pelo menos se compreende que ele (o não cristão) busque soluções imediatas e superficiais.

Para o cristão, que sabe que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que não há sabedoria neste mundo que se compare a dEle, é inadmissível que este procure resolver seus problemas de modo instantâneo e superficial. Vejamos o problema do cristão: Ele sabe que está cercado por um mundo injusto, mas do que qualquer outro cidadão. Sabe que não pode usar meios ilícitos para prosperar, sabe que é sua responsabilidade, se preciso for, sofrer o prejuízo, para assegurar o testemunho; sabe que não deve se vingar, sabe que deve dar a outra face, deve ter paciência, compaixão, amar os inimigos, perseverar em oração, prosseguir para o alvo, ter esperança, continuar servindo, não usar métodos carnais para combater o mal, seja uma calúnia ou um fracasso no casamento. Enfim, na vida de um cristão, embora desfrutando da presença do Senhor, ele sabe que está em luta contra o mal (o mundo, a carne e o diabo). Diante deste quadro, como se concebe um cristão se afastar da contínua reflexão na Palavra de Deus, que é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos?  A Bíblia diz que é grande o mal que pesa sobre o homem.  Não é com pouca coisa que resolvemos os problemas, precisamos de crescimento espiritual, precisamos crescer no conhecimento e na graça do Senhor, precisamos estar juntos com outros, ajudar e sermos ajudados (isto já requer humildade), precisamos de discernimento, conhecimento da Bíblia, visão espiritual, perseverança, sabedoria. 

O que estou tentando dizer é que não resolveremos problemas no casamento do dia para noite, não resolvemos problemas financeiros do dia para noite. Tudo isto é grande demais para nós. Por tudo isto, uma vida de profundidade no campo espiritual se faz necessária. A vida de profundidade: leitura da Bíblia, oração, estudo bíblico, comunhão, adoração, serviço, testemunho, compaixão, humildade, como já coloquei no início.  A Biblia revela Deus , o Criador e Salvador do mundo, na Pessoa do Senhor Jesus. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Suaa  Palavras estão registradas nos Evangelhos (Mateus,Marcos, Lucas e João). Precisamos ler o Evangelho de Jesus Cristo, meditar nele, aplicá-lo, isto requer perseverança, fé, mas é o único método seguro. Voltemos para o Evangelho, vejamos  Jesus curando, ensinando,  ressuscitando mortos. Uma vida de comunhão mais íntima com Deus, soluções que vão mais longe, que permite que sondemos nosso coração. Não podemos esquecer que o pecado entrou no mundo por um homem e o pecado trouxe a morte (cf.Romanos 5:12) mas Jesus Cristo veio para que tenhamos vida,  e vida em abundância. ( cf. João 10:10) Permita-me acrescentar. Estou entendendo que este parece ser o problema de muita gente. Soluções imediatas sem a Bíblia, para depois constatarem que , de fato, o caminho é estreito.  De que lado o cristão deve ficar?  Da vida que privilegia as coisas do coração, com a luz da Palavra de Deus e a graça do Senhor Jesus. Intimidade com Deus, diferente do que comumente se vê. A superficialidade não resolve os problemas, especialmente os grandes. A intimidade com Deus resolve, ampliará nossa visão espiritual e assim poderemos usar nossas armas espirituais para combater o mal.