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terça-feira, 18 de julho de 2017

Ação sem Oração: A Incompreensão da Igreja sem Poder

                                                                                            Carmelo Peixoto
O Triste Quadro

"A oração é o instrumento com o qual o homem consagrado trabalha. Homens consagrados são agentes através de quem a oração trabalha."   
(E. M. Bounds)  

A atual geração de crentes é de fato muito ativa. São diversos ministérios e departamentos nas igrejas evangélicas. Ela dispõe de vários agenciamentos ministeriais: escola bíblica, cultos, cultos de oração, células, congressos, encontros, conferências para os mais variados objetivos. Era, pois, de se esperar uma influência da igreja desta geração sem precedentes na história eclesiástica; afinal de contas, além dos dispositivos anteriores, possui seminários, editoras, teólogos bem preparados, livrarias, rádios, internet, revistas, organizações missionárias e evangelísticas, intelectuais da Ciência e da Filosofia lecionando nas universidades, entre outros recursos.

Todavia o que se vê é o mal avançando em todo o continente americano e em todos os continentes: ideologias anticristãs, organizações de comunicação semeando concepções antibíblicas, partidos políticos com agenda contrária à Palavra de Deus encontrando guarida no arraial da igreja, empresas públicas e privadas aderindo a formas anticristãs de ver a sociedade. Vemos líderes eclesiásticos elogiando homens cujos livros são totalmente contrários à fé bíblica cristã, pastores mais metidos em polêmica do que pregando e ensinando a Palavra de Deus. A cada ano a sociedade torna-se mais violenta e muitos assumem um comportamento verdadeiramente repugnante. Pergunto-me: por que isto acontece? Como foi que chegamos a este estado de coisas? São perguntas cujas respostas dariam vários livros. Mais: o que falta para impactar o mundo? Quantos desses cristãos estão ganhando almas ou servindo de exemplo para colegas de trabalho, vizinhos, parentes, amigos no sentido de levá-los a Cristo? O grau de intelectualidade deles não resolve? A quantidade de ministérios e agenciamentos é insuficiente? Quantas conferências, quantos congressos serão necessários para fazer a igreja pregar com poder, para fazê-la chorar pelas almas?

Creio que em parte encontramos resposta na esfera de questões ligadas à oração. Não apenas em oração, mas esta questão nos interessa por ser das mais importantes. Há uma compreensão errada que é consequência da falta de crescimento da igreja no tocante a autoridade e ao poder de Deus na vida da igreja. Começo considerando que ativismo e agenciamentos de eventos bem como quantidade de recursos materiais não resolve. Este Evangelho bendito espalhou-se pelo mundo com poucos ou nenhum recurso  tecnológico. Olhemos a História da Igreja e vejamos. Homens muitas vezes pouco conhecidos impactaram suas nações e várias outras com apenas a Bíblia. Não havia grandes tratados teológicos, não havia as condições técnicas de reprodução de que dispomos hoje. Os crentes em Jesus Cristo eram  em menor número. À época da Reforma, nem todos tinham acesso a livros. Nem todos tiveram acesso à Bíblia. A expectativa de vida ou pelo menos de qualidade de vida era menor. A situação melhorou pouco na Era Moderna:

"Na Alemanha, por exemplo, a expectativa de vida de uma pessoa atingiu  "surpreendente" a marca dos 37,2 anos de idade" (http://alunosonline.uol.com.br/historia/historia-da-longevidade.html)

O que aconteceu? Quando se leem relatos históricos da igreja, sabe-se que a igreja sempre esteve ameaçada pela frieza, frivolidade e carnalidade. Hoje, contudo, ela é mais ameaçada a não permanecer numa fé viva, pois o mundo desenvolveu armas de apelo social e cooptação nunca vistos antes via tecnologias de comunicação e informação. Há uma ciência para fisgar qualquer um: a publicidade, que associa valores a produtos, por exemplo. Para quem não entende como as coisas funcionam, especialmente jovens, fica difícil não ser fisgado. O sistema também desenvolveu outras armas socioculturais (discursos de fachada, ideologias, comportamentos padronizados (engenharia social), conceitos universais contrários à fé cristã) que apelam para as emoções.

A igreja, portanto, encontra-se bombardeada por informações e mensagens pelos instrumentos da comunicação e da tecnologia que concorrem com seu conjunto de doutrinas e valores. Isto mina (invade ocultamente) os espaços do tempo da vida devocional do crente, seduzindo-o, roubando-lhe o tempo de oração e adoração verdadeira, que seriam o alimento para lhe dar autoridade e poder para transformar o mundo ao seu redor. Então, os crentes crescem pouco. Não estou falando apenas do estágio atual, mas percebo, observando o desenvolvimento da TV, cinema e internet, que este já é um processo que se arrasta no mínimo há uns 40 anos. Temos uma geração de crentes com pouco crescimento, com uma vida de oração quase inexistente, ocasionando um estreitamento de visão da vida, da política, dos destinos do país, do trabalho missionário, da vida espiritual, da adoração, da majestade de Deus. Não se vê senso e tristeza pelo pecado, choro pelas almas perdidas, investimento em oração.Os apelos para orar pela nação, pela família, pelos enfermos não atraem tanto quanto uma programação em que se paga para ir a um jantar, a uma conferência, etc. Estas coisas exemplificadas não são erradas. São importantes, mas um compromisso diário de oração por outros, pelas nações, pelos que sofrem, o pagar o preço, o tomar a cruz em sacrifício pessoal não atrai com tanta força. Não é que não haja oração na igreja. Mas não é o forte, não é a tônica. Em boa parte da igreja cristã hoje, há um conformismo com as misérias que virão pois "está profetizado", esquecendo-se de que não há ordens na Bíblia para deixar de orar, de evangelizar, de ensinar, ao contrário do que Judas ensina para se fazer diante das heresias: batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3); há uma espécie de frieza intelectual, que se satisfaz em conhecer a doutrina, um conhecimento apenas intelectual, que obviamente chega apenas à mente mas não ao coração. Não há temor, reverência a Deus (2 Timóteo3:12). Os motivos para adorar seriam fortalecidos na leitura e estudo diário da Bíblia, na vida de oração, e seriam demonstrados no exercício prático de visitar os órfãos e as viúvas, que é a verdadeira religião (Tg 1:27).

A vida espiritual ficou em segundo plano, apagada pelo conjunto de recursos, agenciamentos, programas, pelo bombardeio de apelos seculares, e pela introdução e tolerância com ciências e ideologias, muitas vezes, baseadas em pressupostos anticristãos. Estamos diante de uma grave crise de fé, de poder em que a santidade prática foi substituída pela mecanização das atividades. E como nem todos leem a Bíblia e a estudam, como nem todos têm uma vida de disciplina na oração e na adoração diárias, não se consegue ver a queda que, ao longo da história, nas últimas décadas, a igreja sofreu. Não se consegue ver o buraco em que estamos. Sem uma vida de piedade, de temor, de reverência a Deus, a adoração torna-se ritualística e não a resposta à graça salvadora em Cristo Jesus; a oração, por sua vez, se torna um peso, uma obrigação e não a expressão de um relacionamento entre o filho de Deus e o seu Pai amoroso. Como um galho cortado da árvore tentando florir, os cristãos desta geração investem pesado em livros e mais livros que leem o ano todo mas não choram pelas almas; põem celebridades do mundo gospel em suas igrejas e programações como se pudesse haver alguma mudança na igreja se cantor ou cantora tal "vier à nossa igreja"; introduzem palestrantes crentes (muitos piedosos) para dar palestras baseados em algumas área da ciência quando a própria Bíblia tem suas respostas para preocupações nessas áreas.

É neste quadro lastimável que se vê o descaso com a intercessão pelos pecadores, pelo fortalecimento da igreja, pela nação, pelos que sofrem... Não se consegue ver o valor, a importância que a oração tem na batalha espiritual contra o mal. O Apóstolo Paulo, em Efésio 6:10-18, após exortar ao uso da armadura espiritual e após descrever tal armadura, para a eficácia na batalha espiritual, isto é, após considerar a realidade da luta contra o mal, escreve: "Orando em todo to tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos." (Efésios 6:18). O próprio líder e autoridade do cristianismo, apóstolo, evangelista e doutor dos gentios, sob a inspiração do Espírito de Deus, escreve sobre a necessidade de manter e usar a armadura incluindo a oração contínua por todos os santos no Espírito, perseverando e vigiando e intercedendo por todos os santos. Vemos, desse modo, o caráter dinâmico e de luta que caracteriza a oração. Lutero afirmou: "Tenho tanto que fazer que não posso prosseguir sem passar três horas diariamente em oração". Lutero lutou contra o engano de sua época bravamente e venceu por meio de Jesus Cristo. O evangelista e pastor norte-americano Sammy Tippit afirma sabiamente: "O reino de Deus crescerá poderosamente à medida que o povo de Deus orar. O seu reino tem sempre dado os maiores passos, durante os tempos de renovação e despertamento espiritual. E despertamento espiritual tem sido sempre introduzido no mundo através das orações dos santos." (Sammy Tippit. O Fator Oração. 6ª ed. Rio: Juerp, 1995). Outro expoente da batalha pelas almas foi Oswald Smith. Ele escreveu que "A forma mais excelente de serviço cristão é a oração intercessória". Então não há ação efetiva sem oração constante da igreja. As correntes de Pedro caíram e as portas da prisão se abriram quando a igreja orava continuamente por ele (Atos 12). Paulo e Barnabé são chamados para o ministério pelo Espírito quando a igreja estava orando (Atos 13).  Isto para citar dois exemplos. Na história da igreja, sabemos que a igreja dos morávios, sob a liderança do Conde Zinzendorf enviou mais missionários para o campo em apenas 20 anos do que todas as outras igrejas da Europa em 200 anos porque mantinha oração ininterrupta.

Creio que, de algum modo, a religiosidade substituiu a espiritualidade no seio da igreja. Este é o problema. Substituímos a essência pelo ativismo (o ser pelo fazer), a contrição pela emoção sem doutrina, a prática de boas obras pela zona de conforto, a agenda do pão e vinho diários (lembrar e viver celebrando a cruz) pelo senso crítico e intelectual, o deletar o irmão que pensa diferente pelo levar as cargas uns dos outros, o choro de arrependimento pela cura de natureza psicológica, a visão missionária pela programação.  Uma consciência crítica, universitária, fria, intelectualista que não se quebranta, não chora, nem deseja o céu, não acompanha o transcurso da história ao nosso redor tomou conta do ambiente eclesiástico. Nada da volta de Jesus, nada de compaixão pelas almas perdidas, nenhuma meditação sobre a vida de Jesus, nem sobre as glórias vindouras, pouco investimento nas ofertas missionárias. A propósito, não por acaso, o mundo está como está, por conta de uma igreja fria e intelectualista: pedófilos de cabelos brancos, bandidos de colarinho branco, juízes parciais, quadrilhas no ambiente político, cinismo, depressão, solidão.

O leitor já pode concluir o que precisa ser feito, obviamente.

O que Fazer?

O quadro de fato é triste mas há solução porque o nosso Deus é onipotente, fiel, misericordioso e está atento à oração do justo. Não podemos deixar de ver a mão poderosa e fiel do nosso Deus. Quero, nesta segunda parte do post, citar Sammy Tippit (Op.Cit. p.133) num parágrafo muito estimulante e que nos anima bastante:

"A igreja cristã tem uma grande história de reavivamentos e evangelismo. Entretanto, temos tido tempos quando parece que uma nuvem de escuridão pairou sobre a igreja. É como se a igreja tivesse perdido o seu valor como o sal da terra, e como a luz do mundo ela estivesse quase apagada. Durante esses tempos de apatia espiritual e escuridão, o Espírito Santo se movia em silêncio no coração de um indivíduo ou nos corações de um pequeno grupo de pessoas. Ele os chamava a orar. O brilho da glória de Deus começava a dissipar a escuridão nos dias que se seguiam. Pregadores cheios de poder eram levantados de lugares ignorados. A Palavra de Deus ressoava com grande poder. Almas eram inflamadas para a glória de Deus. A oração dava início ao reavivamento e o reavivamento dava início à oração."

Na verdade, não é a oração em si que dá início ao reavivamento mas é o Senhor quem faz tudo através de nós. Esta fidelidade de Deus está sobre nós. Devemos confiar e clamar baseando-nos nas suas promessas fiéis. Deus continua tendo misericórdia das almas. Ele quer ser glorificado na salvação das almas. Confiemos pois na sua fidelidade e promessas. Escreveu bem Thomas E. Watson no seu Último Sermão:

"Consola-te com as promessas de Deus. As promessas são grandes suportes para a fé, que vive nas promessas do mesmo modo que o peixe vive na água."

O que temos de fazer para mudar este quadro? Creio que a primeira coisa é conscientizar-se da necessidade urgente de se confiar nas promessas de Deus.

Primeiramente devo dizer que não podemos fazer nada, Jesus mesmo falou: "porque sem mim nada podeis fazer" ( João15:5b); só Deus pode fazer. Ele tem todo o poder no Céu e na Terra. Mas temos suas promessas, temos várias promessas sobre as bençãos advindas da oração e quero citar algumas da Palavra de Deus.

1 " Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está no céus." (Mateus 18:19)

2 " Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito." (João 15:7)

Observemos algo de muita importância nestes dois versículos. Nós temos as promessas, que são infalíveis. Mas temos também condições. No primeiro versículo, dois têm de concordar sobre algo; isto pressupõe harmonia de propósitos obviamente alinhados com o engradecimento do Reino de Deus. Concordar em algo espiritual, no ministério ou necessidade pessoal ou grupal que traga glória para Deus. No segundo versículo citado (João 15:7), temos que permanecer nele em comunhão íntima com ele e as suas palavras guiando a nossa vida, nunca esquecer de sua Palavra a todo instante. Parece utopia mas não é nada extraordinário, é apenas a Palavra de Deus orientando como devemos viver. Creio que, em parte, chegamos a essa condição de impotência porque os crentes, hoje, acompanham futebol, gastam tempo com internet, negócios, política, ciência, filosofia, livros, viagens, etc., mas não têm a Palavra guiando sua vida dia a dia. Deus não abençoe propósitos da carne, egoísticos, nos quais ele não recebe glória (Tiago 4:3). Perdemos a essência e podemos estranhar isto, mas este é exatamente o problema central. Devemos voltar ao coração do Evangelho de Cristo, tomarmos nossas lâmpadas e nos prepararmos para a chegada do Noivo. Precisamos meditar nesta grande obra, não apenas no aspecto do "fazer" mas sobretudo na dimensão do "ser". Precisamos estar cheios da Palavra e sermos guiados por ele em toda a nossa atividade diária. Assim receberemos o despertamento e avivamento que precisamos.

3 "E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;" 
(Lucas 11:9)

Irmãos, devemos olhar para as promessas e não para a nossa fraqueza ou para as circunstâncias. Temos que pedir. Jesus disse: "Pedi, e dar-se-vos-á". Ele exortou, e não obedeceremos? Somos mais sábios do que ele? Podemos alguma coisa sem ele (João 15:5)? O pensamento de que não adianta, não vem da fé pois não se baseia nas promessas e porque olha para as coisas que se veem. Olhar para a fraqueza da igreja, dos líderes, do país, do povo, etc. não é a atitude correta de fé, é incredulidade. A fé olha para as coisas que não se veem.

Neste sentido podemos ver que a oração também resulta de uma vida de fé nas promessas e da intimidade com Deus, como também ele alimenta esta vida. Eu creio nas promessas por isso não paro de pedir.

A segunda coisa a fazer é desenvolver nossa vida de oração. Devemos empregar nossos esforços pessoais e ministeriais nesta importante tarefa. A vida de oração deve ser desenvolvida. Devemos estudar sobre oração em si mesma (o que é) e como ela é um instrumento à disposição do crente para aproximar-se de Deus e alimentar sua fé. Quero sugerir um livro que me parece bem completo em relação à oração. Ele não traz frases de grandes servos de Deus, nem referências ou citações extraordinárias, pois é focado naquilo que devemos fazer para colher as bênçãos espirituais de poder através de um avivamento. Trata-se do livro "Como Desenvolver uma Vida Poderosa de Oração", de Gregory Frizzell, publicado em português por Juracy Carlos Bahia. Ele tem nove capítulos além da introdução. Abaixo vou indicar só um esquema da página 115 a 118 em que o autor apresenta Dez orações específicas para avivamento e espertamento espiritual (Igrejas, cidades e nações devem orar por isto).

Este livro não se aprofunda em discussões teológicas mas aponta ações importantes baseadas na Bíblia. Embora no livro não estejam numeradas, vou usar números aqui transcrevendo apenas as primeira linhas de cada oração sugerida pelo autor. Assim, seguem as

        Dez orações específicas para avivamento e espertamento espiritual 
                            (Igrejas, cidades e nações devem orar por isto)

1 Peça a Deus que derrame uma profunda convicção de pecado, quebrantamento espiritual, temosr a Deus e arrependimento entre Seu Povo. Não haverá avivamento sem esses elementos e somente Deus pode produzi-los em Seu povo. (2 Co 7.10)

2 Ore por purificação profunda, arrependimento genuíno e poder espiritual que envolva pastores e líderes cristãos. Avivamento e despertamento espiritual são improváveis sem um poderoso mover de Deus nos pastores e líderes cristãos.

3 Ore para que Deus conceda fome espiritual ao Seu povo e os atraia à oração fervorosa.  Deus tem de conceder ao povo fé genuína e ardor pela oração.
(Fp. 2.13)

4 Ore para que o amor de Deus produza união em nossas igrejas e uma harmonia profunda entre elas. Dentro da igreja existem membros que necessitam de cura nos relacionamentos, e muitas igrejas precisam parar de competir entre elas e ter ciúmes umas das outras (João 13.35)

5 Ore para que Deus encha seu povo com paixão pela salvação de outros. (Somente Deus pode dar uma precocupação genuína pelas almas.) O avivamento não acontecerá até que o povo de Deus ore intensamente pelos perdidos e evangelize com ousadia. (Rm 9.1-3)

6 Ore par que Deus dê ao seu povo paixão por missões pela plantação de novas igrejas. Grandes avivamentos produzem uma explosão de projetos missionários, novos ministérios e a plantação de novas igrejas. (Mt 28.19)

7 Ore para que Deus chame milhares ao ministério, missões e ao serviço cristão. Muitas igrejas estão morrendo por falta de ganhadores de almas, professores e obreiros voluntários. (Mt 9.37)

8 Ore para Deus derrame Seu Espírito como um tremendo fogo purificador. Peça que Ele purifique nossas motivações ao orar por avivamento. É possível orar por avivamento por razões egoístas e ambiciosas.

9 Ore por um grandioso movimento de convicção e salvação que envolva as mais importantes  comunidades de influência cultural. Alguns exemplos são os atores, e produtores de cinema, políticos, educadores, professores de escolas e de universidades, jornalistas, pessoal da mídia, apresentadores de programa de entrevistas, comediantes, etc. (1 Tm 2.1-2)

10 Ore especificamente para que Deus derrame Seu Espírito de uma forma ainda mais grandiosa do que Ele fez na América do Norte em 1858 e no país de Gales em 1904. (Dez por cento da população de Gales foi salva em seis meses!) ( Mc 11.22-24; Jo 14.13-14)

Há outras sugestões de oração. Oportunamente em outro post colocaremos. Estas dez são bem específicas para avivamento e despertamento pessoal, que é onde se encontra o foco de nosso blog. Tenho certeza que Deus responderá. Precisamos contudo fazer a nossa parte: ter motivações corretas, que busquem a glória de Deus e o avanço do Seu Reino para que o Seu nome seja glorificado.

Creio e espero por isso. Que Ele nos ajude a sermos fiéis, lutando ao seu lado a despeito de toda a oposição que nos cerca.

Em Cristo, Carmelo.


































                                   

domingo, 19 de junho de 2016

O Inútil Combate às Consequências

                                                                                               Carmelo Peixoto

    Algo tem me inquietado em alguns pregadores, que, ao que parece, não são poucos. É o combate às consequências dos problemas e não, às causas. Muitos pregadores, líderes e dirigentes têm expressado o seu inconformismo com a situação do povo de Deus no tocante ao seu compromisso com o Reino. De fato, o povo arranja tempo para tudo: para estudar para concurso, para viajar, para envolver-se em coral, em ministério de música, em grandes programações que implicam gastos, viagens e tempo. Mas não encontram tempo para cultos e reuniões de oração, leitura e estudo da Palavra de Deus, como na escola bíblica.

    O povo não tem demonstrado conhecimento da Palavra de Deus, adere facilmente a modismos religiosos, conhece os nomes dos ícones da música gospel, canta qualquer cântico, mesmo quando a letra contraria a doutrina bíblica. O povo não encontra tempo para visitar quem está doente, para evangelizar, entregar folhetos, para socorrer os aflitos, entre outras atividades que integram o núcleo de ação transformadora da igreja. Este fato tem incomodado pregadores, pastores, líderes com justa razão.

    Contudo não vejo (pelo menos ainda não vi) ninguém perguntar sobre a causa destes comportamentos e atitudes. Talvez a ausência de se preocupar com as causas, fazendo as perguntas cujas respostas explicariam tais comportamentos e posturas, seja (tal ausência) a responsável por considerável número de sermões e palestras que focam no "não faça assim" ou "faça assim", enfatizando e cobrando novas atitudes mas não tocando nas feridas causadoras destas condutas.

    Pergunto: por que homens e mulheres jovens do passado revolucionaram as cidades e nações do mundo com a pregação do Evangelho de Cristo, enquanto os jovens das igrejas hoje, por exemplo, são engolidos pela retórica da universidade, pelo discurso científico e pelos seus círculos mais desafetos ao Cristianismo bíblico, chegando a abandonar a fé, por apenas o contato com professores ateus teóricos ou práticos?

    Ufa, ficou de fato uma pergunta longa... mas fiz questão de colocar o quadro completo.

    Não está na hora fazermos a pergunta que nos leve a causa, pergunta variável de igreja para igreja mas que nos levará à origem do problema? A princípio dá para concluir que não há uma resposta única. Todavia devemos começar a movimentarmos nossas compreensão nesta direção.

    Em todo caso, tenho uma prévia opinião e penso que não estou errado, pelo menos até o presente momento: não estamos pregando sobre a cruz de Cristo, sobre o sangue do Cordeiro, sobre a ira de Deus, sobre as glórias do porvir, sobre a necessidade de arrependimento. O resultado disso se traduz na existência de jovens sem o amor constrangedor de Cristo, sem a esperança da salvação e sem o sentido da vida, sem o prazer de estar com o Senhor e sem ver sentido na igreja. Esse vácuo está sendo preenchido pelos secularismo da cultura. Entenderam?

    Graças a Deus que há solução. Precisamos, contudo, fazer a nossa parte e pregar toda a verdade do Evangelho de Jesus Cristo. Ele deve ser o centro de nossa pregação e não, os costumes; ele deve ser o tema de nossos sermões e estudos e não, o compromisso. O compromisso com o Reino é consequência da visão interior que o cristão tem deste Rei e Salvador, do Seu Reino e de Sua Glória. Seja ele o centro da nossa mensagem. Seja a cruz o núcleo temático em torno do qual giram as nossas afirmações. Esta mensagem precisa urgentemente ser pregada com o poder do Espírito de Deus em púlpitos por pregadores que, eles mesmos, estejam com o coração ardendo de amor ao Salvador, cheios do poder de Deus. O pregador, assim, deve estar cheio do Espírito. A igreja (jovens, crianças e adultos) ouvirá, e a glória do Evangelho inundará os corações pelo poder de Deus. Transbordará para dentro das universidades e escolas. Irá para a política, para o direito, para o trabalho, para a comunidade, para a família.

    Tem sido assim durante séculos. Por que haveria de ser diferente?


quinta-feira, 26 de junho de 2014

O que é Pregação expositiva

                                                  Por Hernandes Dias Lopes  (resumo)*

O que é Pregação expositiva?
A pregação expositiva pode ser resumida em três pontos:

Ler o texto. Se um pregador lê o texto rapidamente, provavelmente ele pregará algo que não tem nada a ver com o texto.

Explique o texto. Você conhece pregadores que leem o texto, mas pregam algo totalmente diferente? O sermão emana do texto e explica o texto. Não coloque no texto as suas ideias. Não tenha algo pré-concebido na mente e procure um texto para apoiar a sua ideia humana. O verdadeiro pregador é somente um canal explicativo do texto bíblico.

Aplicar o texto. Pregação não é um discurso em um auditório, mas um discurso ao auditório. Uma pregação deve pegar as palavras do passado e aplicá-las  às pessoas de hoje. Mas cuidado, se você não interpretar corretamente o texto, você pode aplicá-lo de forma herética, colocando palavras na boca de Deus.
Por que pregadores não pregam expositivamente?

Alguns dos motivos são:
Não é ensinado em muitos seminários.
Não tem uma boa biblioteca, nem a leem. Os motivos disso podem ser (1) falta de recursos e (2) desinteresse na leitura.
Terrível tensão entre pregação e liturgia (uma hora de música e 10 min. de pregação).
Vantagens da pregação expositiva

Podemos listar no mínimo três vantagens da pregação expositiva:

A grande vantagem da pregação expositiva é que ela almeja ser fiel (“assim diz o Senhor”) e não popular.

Outra vantagem é não ter que ficar cassando a pregação, pois o livro a ser exposto já foi definido previamente.

Também evita melindres, pois é pregado o que está no texto, doa quem doer.

Essas coisas são importantes, mas de nada adiantará se você não colocar seu coração nisso. A pior coisa é ficarmos acostumados com o sagrado – com a santidade da pregação. Você acredita no que você prega? Precisamos desesperadamente de um reavivamento no púlpito. John Wesley dizia: põe fogo no seu sermão ou põe seu sermão no fogo.

*Por: Hernandes Dias Lopes. Editora Fiel 2006 – 2012 © Todos os direitos reservados.
Resumo por: Voltemos ao Evangelho ©. Website: www.voltemosaoevangelho.com

Permissões do Resumo: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e seu ministério, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/10/hernandes-dias-lopes-a-importancia-da-pregacao-expositiva-para-crescimento-saudavel-da-igreja-fiel2012/ acesso em  26/06/2014


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Falta de Poder Espiritual

                                                                                  Carmelo Peixoto
Antes de qualquer coisa, gostaria de que os irmãos lessem e refletissem nesse pequeno trecho de Dr. Martin Lloyd-Jones:                                                               "Este é o chamamento dirigido aos crentes hoje: devemos tomar consciência da nossa indignidade perante Deus, da distância que nos separa dos santos das eras passadas, da nossa terrível dessemelhança dos cristãos do Novo Testamento; depois devemos arrepender-nos e reconsagrar-nos a Deus em Cristo, e devemos assegurar-nos de que a religião regule as nossas vidas. Mais do que qualquer coisa, porém, devemos aperceber-nos de que o estado do mundo é tal, que nada, senão o poder do Espírito Santo pode curá-lo, e a tal ponto devemos sentir isso, que sejamos levados a dobrar os joelhos em oração a Deus, rogando-Lhe que, em Sua misericórdia, Ele olhe para nós com piedade e, por Seu grande nome, envie um poderoso avivamento entre nós."  Martin Lloyd-Jones        

É fato conhecido que o número de evangélicos cresceu, mas a sociedade no geral não a tem mudado no sentido de uma perspectiva cristã. Falta poder espiritual. Penso em algumas razões as quais possivelmente podem explicar esta falta de poder espiritual. As razões que apresento aqui poderiam ser feita no âmbito de uma disciplina da ciência, mas não é o nosso caso. Nossa perspectiva é bíblica. Não nos interessa discorrer sobre isto mas apenas apontar, para que os irmãos pensem e orem a respeito.

1 Pouco conhecimento da Palavra de Deus:
Pouca leitura da Bíblia, muitos cristãos não descobriram o prazer de estudar a Palavra Escrita de Deus, a Bíblia. Consequentemente, seu amor à Palavra Viva, que é Cristo, é pequeno. Quando se apresentam as oportunidades de evangelizar, de dar uma palavra. um conselho falta sabedoria.

2 Vida  egocêntrica.
Se eu retiro a Palavra de Deus da minha vida diária, não alimento minha vida espiritual. O que sobra então? O ego pensando, raciocinando por si só. Pensamentos humanos, inteligência, educação. Estas coisas são boas, mas não transformam o mundo de pecados que nos cercam. Isto pode ser dito de outro modo: se eu não aprendo a Bíblia, se eu não aprendo sobre Deus, na Bíblia, como posso transmitir este conhecimento? Este é o problema de muitos cristãos hoje professos. Se eu não vejo as maravilhas de Deus nas Escrituras Sagradas, como poderei me deleitar nas verdades eternas? Ficarei restrito à finitude da minha sociedade e da minha época.

3 Ceticismo.
Não se crê mais nas maravilhas do poder de Deus. As orações de Spurgeon, conta-se, curavam mais que a de muitos médicos de sua época. As orações de John Knox eram temidas pelos seus opositores. O resultado é muita logicidade em lugar do fervor, muita educação em lugar da ousadia da fé, muita intelctualidade em lugar de coração quebrantado. É como se não existisse uma guerra espiritual que força o cristão a orar sem cessar, que leva a uma vida de confissão diária e arrependimento, a uma vigilância contra o mundo a carne e o diabo. Como se o cristão não estivesse dentro da batalha espiritual. Sem fé é impossível agradar a Deus. Lembro-me que, certa vez, o pastor de uma igreja que eu frequentei uns tempos por volta de 1997, viajou e,em seu lugar, naquela noite, um outro pastor de linguagem bem simples pregou o evangelho e se converteram quatro pessoas. Ora, o pastor da igreja era um homem muito culto e erudito. Após a conversão das quatro pessoas, uma pessoa que eu conhecia fez um comentário negativo sobre a pregação. Não me lembro bem de suas palavras mas aquilo mexeu porque ele focalizou no estilo e na linguagem do pregador e não pensou que o mais importante foi a salvação das almas. Isto ilustra bem esta atitude que eu estou querendo descrever. Para mim o mais importante é a salvação das almas e a edificação da Igreja e não, a erudição ainda que o pastor era um erudito e também pregava bem o evangelho.

4 Pouca oração.
Esta causa deriva da oração anterior, pelo menos é o que parece. Como valorizar a oração se a pessoa não crê que Deus pode transformar a vida das pessoas, que Deus faz milagres, remove barreiras, tranforma corações. Como valorizar a oração se o cristão não percebe a guerra espiritual em que está envolvido? (Efésios 6:10-20, 2 Co10.3-5)

5 Pregação que não fala do pecado e nem exorta ao arrependimento.
Não quero me deter neste aspecto. Mas quero dizer que eu soube que um descrente fez uma crítica a certo pregador conhecido na mídia que ele não deveria discutir com certas pessoas mas falar de pecado. Isto é muito triste, porque até as pessoas de fora estão percebendo que algumas pessoas da  igreja estão deixando os pontos centrais da pregação do evangelho fora de sua fala. Precisamos pregar sobre o pecado, a condenação, o inferno, a obra da cruz de Cristo que salva o pecador quando este crê,  porque é um sacrifício perfeito e foi o plano de Deus. Como está em Efésios 2:8,9 salvação pela graça, mediante a fé sem as obras. Precisamos exortar ao arrependimento porque, como disse, John Piper, "Deus está no céu acumulando ira". Sei que Jesus nos livra da ira futura. ( Cf. 1 Tess. 1:10).

6 Pouco crescimento espiritual.
Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude
2 Pedro 1:2-3

Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;

Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.

E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,

E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,

E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.

Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
2 Pedro 1:2-8
Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;

Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.

E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,

E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,

E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.

Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
2 Pedro 1:2-8
Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;

Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.

E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,

E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,

E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.

Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
2 Pedro 1:2-8
Quem não sentiu o peso do pecado e do perigo em que se encontrava não valoriza o conhecimento espiritual. Aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama... (Lc 7:47; ) Por outro lado,  temos 2 Pedro 1 que afirma:  

3 Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.
4 Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça.
5 Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento;
6 ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade;
7 à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.
8 Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos.

7 Andar na carne.
Vaidade, consumismo, desperdício de tempo e de dinheiro, falta de visão espiritual, contendas, entre outros fatos são realidades prejudiciais à expansão do Evangelho de Jesus Cristo.

8 Depressão espiritual. 
Penso que prestarei um bom serviço se acrescentar aqui as palavras de Martin LLoyd-Jones quando ele discorre sobre a situação vivida por Paulo e descrita pelo apóstolo na sua Carta aos Filipenses sobre a oferta que a igreja de Filipos lhe tinha enviado, quando estava preso em Roma. O texto é Filipenses 4:10-12

"Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheislembrado, mas não tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi acontentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todasas coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade".  Filipenses 4:10-12   

Martin Lloyd-Jones afirma que Paulo aprendeu porque outrora tinha sido orgulhoso:
"Paulo diz que ele aprendeu como chegar a esta condição. E temos várias sugestões no Novo Testamento deque isso foi particularmente difícil para ele. Paulo era uma pessoa sensível, era orgulhoso por natureza, e, além disso, era um homem extremamente ativo. Nada podia ser mais irritante para alguém assim do que ficar preso (...)"
"Mas como ele aprendeu? Vou tentar responder esta pergunta. Em primeiro lugar, foi por pura experiência."Basta chamar sua atenção para a Segunda Epístola aos Coríntios, capítulo doze, especialmente os versículosnove e dez, sobre o "espinho na carne". Paulo não gostava daquilo. Lutou contra ele, e três vezes orou para que fosse removido. Mas não foi removido. Ele não conseguia se reconciliar com a idéia. Era impaciente, estava ansioso por continuar pregando, e esse espinho na carne o estava abatendo. Mas então recebeu a lição do Senhor:"A minha graça te basta". Paulo aprendeu como resultado da experiência do tratamento de Deus. Ele tinha que aprender, e a experiência nos ensina a todos. Alguns de nós somos muito lentos em aprender, mas Deus, em Sua bondade, pode nos mandar uma doença, às vezes Ele pode até nos abater — qualquer coisa para nos ensinar esta grande lição e nos levar a esta abençoada condição. Mas não foi somente por experiência, Paulo veio a aprender esta grande verdade, elaborando um grande argumento. Quero apresentar alguns passos desse argumento que vocês podem testar por si mesmos. Creio que a lógica do apóstolo seguiu esta linha de pensamento. Ele disse a si mesmo:
1.Circunstâncias e condições estão sempre mudando; portanto não devo depender delas.   
2. O que é de importância suprema e vital é o meu relacionamento com Deus — esta é a coisa prioritária.  
3. Deus está preocupado comigo, como meu Pai, e nada acontece comigo que Deus não saiba. Até oscabelos da minha cabeça estão contados. Nunca devo esquecer isso.  
4. A vontade de Deus e os Seus caminhos são um grande mistério, mas eu sei que tudo o que Ele decreta ou permite é necessariamente para o meu bem. 
5. Cada situação na vida é o desenrolar de alguma manifestação do amor e da bondade de Deus. Portanto é meu dever procurar essas manifestações peculiares da Sua bondade, e estar preparado para bênçãos e surpresas, porque "os pensamentos dEle não são os meus pensamentos, nem os Seus caminhos os meus caminhos". Qual, por exemplo, foi a grande lição que Paulo aprendeu na questão do espinho na carne? Foi esta: "Quando estou fraco, então sou forte". Paulo aprendeu através da fraqueza física esta manifestação da graça de Deus.  
6. Portanto não devo considerar condições e circunstâncias em e por si mesmas, mas como parte dostratamentos de Deus comigo, na obra de aperfeiçoar minha alma e me trazer à perfeição final.
7. Quaisquer que sejam minhas condições neste momento, elas são apenas temporárias, são passageiras, e jamais podem me roubar a alegria e a glória que me aguardam com Cristo."  

Acredito que precisamos corrigir estes pontos em nós mesmos em primeiro lugar e com a graça de Deus trabalhar no nosso ministério para que outros também possam ver estes entraves e removê-los de suas vidas. Usemos a oração, usemos o ensino, a exortação e todas as formas capazes de fortalecer o povo de Deus. Hoje precisamos de poder espiritual para transformar este mundo para a glória de Deus.
 




sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Oração, Você e a Pátria

                                                                             Carmelo Peixoto

Por causa das muitas opressões os homens clamam por causa do braço dos grandes. Porém ninguém diz: Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite; (Jó 35:9,10)

Por causa das muitas opressões os homens clamam por causa do braço dos grandes.

Porém ninguém diz: Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite;
Jó 35:9-10
Por causa das muitas opressões os homens clamam por causa do braço dos grandes.

Porém ninguém diz: Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite;
Jó 35:9-10
Por causa das muitas opressões os homens clamam por causa do braço dos grandes.

Porém ninguém diz: Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite;
Jó 35:9-10
Meu irmão, estou me dirigindo aos cristãos. Você já viu a situação do país, você conhece e ama o Brasil, não é? Talvez você tenha postado na internet artigos, nos blogs, nas redes sociais; talvez você seja daqueles que estão falando e falando, discutindo argumentando na igreja, nas reuniões, etc. Gostaria de fazer algumas perguntas para você. Se me permite, estas perguntas não se constituem em críticas mas são estratégias para a nossa reflexão, e eu me incluo.  Você tem orado pelo Brasil? O que você tem feito pelo Brasil? Tem falado de Cristo aos brasileiros? Tem entregado folhetos aos brasileiros? Há muitos que falam mal das autoridades brasileiras mas não tem orado por elas. Você está nesta estatísticas? Um cristão obedece a Deus e, na Sua Palavra, somos ensinados a orar pelas autoridades:


Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; 1 Timóteo 2:1-2

Você tem lamentado a corrupção neste país? O que você tem feito diante disso? Você tem apostado que pode contê-la só com argumentos? Deus disse: "Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor" (Salmo 33:12). Você acredita que pode ver uma nação feliz sem conhecê-LO e torná-LO Senhor de cada coração? Eu creio no que Deus diz. Como a Inglaterra foi transformada? E a Irlanda? Foram as influências do povo de Deus orando por eles. Veja um trecho do livro da missionária Rosalee M. Appleby:

"Quando chegamos ao fim de nós mesmos, contritos e convictos de que não podemos fazer coisa alguma, mas que a vitória está em Cristo e Seu Espírito, estamos perto do triunfo.
Os Moravianos ensinaram aos Wesleys o segredo. Em 21 de maio de 1738, João foi realmente convertido. No último dia deste ano, recebeu a plenitude do Espírito. É melhor usar suas próprias palavras:
"Mais ou menos às três horas da manhã, perseverávamos em súplicas fervorosas, quando o poder de Deus desceu sobre nós de modo que choramos com grande gôzo e muitos caíram por terra, atônitos. Todos começaram a dizer como se fosse uma só voz: "Louvamos a Ti, ó Deus, reconhecemos que Tu és Senhor".
Lecky, em sua "History of Morals" fala sobre o lugar onde Wesley foi transformado: "O que aconteceu nesta salinha teve maior significação para a Inglaterra do que todas as vitórias de Pitt por terra e mar". Sim, Whitefield foi acima do valor de qualquer rei ou estadista do Império Britânico.
A Inglaterra contemporânea ainda sente a influência do avivamento para o qual João Wesley deu a sua vida. Este país foi salvo duma revolução semelhante àquela da França, as ondas do mal foram contidas, os muros consertados e as correntes purificadoras daquele santo movimento são sentidas ainda hoje. O Clube de Santidade dos estudantes de Oxford não foi em vão. Seus raios brilharam sobre uma nação durante os séculos vindouros.
  Quero chamar a atenção para este fato
  "A Inglaterra contemporânea ainda sente a influência do avivamento para o qual João Wesley deu a sua vida. Este país foi salvo duma revolução semelhante àquela da França, as ondas do mal foram contidas, os muros consertados e as correntes purificadoras daquele santo movimento são sentidas ainda hoje. Seus raios brilharam sobre uma nação durante os séculos vindouros."

Quem somos nós para deixarmos de orar pelo Brasil "Venha o Teu reino", para confiarmos em campanhas que ainda acreditam em argumentos, política ou qualquer outra estratégia humana?
Onde tem na Bíblia que vamos vencer sozinhos? O próprio Senhor Jesus disse: "Sem mim nada podeis fazer" Aqui cabe uma última pergunta para mim e para você? O que você vai fazer? Eu lhe digo: Oremos por este país dizendo: Venha o Teu reino.