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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Igreja com Pouca Oração

                                                                                              Carmelo Peixoto

"E, perseverando unânimes todos os dias no Templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração," (Atos 2:46)

O título faz menção à igreja, mas vou incluir neste post igreja local com o crente considerado individualmente. Penso em quanto tempo desperdiçado com outros apelos sociais: internet, tv, programações, reuniões, discussões intermináveis. Nossa geração de crentes não conhece a história da igreja para ver o que Deus fez ao longo de todos os séculos. Ao que parece, os crentes que eu conheço, nesta geração, com conhecimento mediano, que é a maioria,  conhecem bem de 40 anos pará cá. Seguem alheios à batalha espiritual contra o mal, não se informam do sofrimento de milhares de vidas expulsas de suas casas e de seus territórios, desabrigados por terremoto, por perseguição, por guerra civil. Suas vidas se resumem a cuidar de suas vidas e de seus "pequenos" sonhos, seu negócio, seu ministério na igreja local, seu restaurante, seu plano de viagens. Estas coisas com certeza são boas e necessárias. Não nego o valor delas, eu também desfruto delas. Há, contudo, dezenas de pessoas que passam de largo ao sofrimento do outro ou por falta de crescimento ("esqueceram da purificação dos seus antigos pecados" - cf. 2 Pedro 1:19) ou por um perfil angustiado que pensa exclusivamente em si e na sua família. Outros gastam tempo com o time de futebol do coração mas não com oração. Gastam tempo em projetos seculares mas não em oração. Compreendo isto sem dificuldade. Por outras palavras, a vida de oração é para aqueles que leem diariamente a Palavra de Deus, que se informaram da condição do homem no mundo, para aqueles que não se deixam iludir com a aparência deste mundo, que não trocam uma vida de serviço a Deus e ao próximo pelo conforto material. A vida de oração só pode ser vivida por aqueles que não param de vigiar obedecendo à orientação de Cristo: "Orai e vigiai para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41). A vida de oração só faz sentido para aquele que não trocou o amor pelas almas e o amor ao Reino de Deus pelo "lugar ao sol" neste mundo escuro. E perfeitamente compreensível que a calamidade moral que assola este mundo em todas as áreas da cultura coincide historicamente com a crise de integridade e de autenticidade na igreja cristã.

Uma igreja com pouca oração não é o projeto de Deus. Deus quer uma igreja que ore sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17), que persevere em oração (como está no livro de Atos 1:14;2:46); Deus deseja que o Seu povo interceda pelos pecadores, tome a sua cruz e siga o Seu Mestre. Uma igreja em que Deus seja a prioridade, o Seu Reino, o anelo de seu povo, o engrandecimento do Reino de Deus na Terra, o seu alvo, e a exaltação de Cristo seja o fator central em toda a vida cristã no mundo inteiro. Ora, não se concebe nada disso sem uma vida de oração extraordinária, perseverante, suplicante; não se concebe esta vitória sobre o mal com um coração dúbio, dividido entre dois senhores ( O Senhor e as riquezas). A vida de oração funciona como um termômetro da nossa comunhão com o nosso Deus. Quanto mais íntimos de Deus, mais prazer na oração, mais oração perseverante, mais vigilância, mais visão espiritual. Não se pode como crente levar um estilo moderno ou pós-moderno. A cruz de Cristo, a renúncia à carne e estar crucificado para o mundo integram o ensino do Novo Testamento.

Neste sentido, é fundamental pensarmos em Jesus, o que ele fez por nós na cruz, o que Ele é para nós, o que Ele faz por nós, o que Ele fará por nós. Ah, irmãos. Mas é preciso orar igualmente por isso, pois esquecemos com facilidade. Devemos clamar que Deus toque no nosso coração para nunca nos esquecermos de sua obra redentora e devemos clamar que Ele nos dê o impulso para servi-LO visando a promoção do Seu Reino; para que ele aqueça o nosso coração a fim de alcançarmos outros. Esta deve ser a atitude e a  atividade principal em nossa vida de oração. Além disso, a prática  de alcançar outros deve colorir nossa vida cristã. Uma vida que não ora por isso deixa de focar no principal que é a glorificação do nome de Deus nos que são salvos. O mal neste mundo é muito grande, o crente, por outro lado, é o único que pode desfrutar da alegria perfeita neste mundo, e não há maior alegria do que comemorar a salvação de alguém juntamente com o Céu. Uma igreja com pouca oração e uma vida com pouca oração passarão ao largo de toda esta maravilhosa graça de lutar ao lado daquele que espera que o façamos, ao lado daquele que já venceu o mundo e nos resgatou para o Seu Reino celestial, o qual jamais terá fim. Avivamento é o fruto que se colhe de uma vida de fidelidade. A oração tem lugar central juntamente com a obediência à Palavra nesta maravilha da graça de Deus, que é o avivamento.












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