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domingo, 1 de maio de 2011

Avivamento dos Morávios: Impacto nas Missões


                                 
                                                                Carmelo Peixoto
                     

Um grande testemunho para nós do que Deus pode fazer por nosso intermédio.


Introdução

       O texto que segue foi transcrito de um livro e visa chamar nossa atenção para termos a convicção de que Deus pode fazer maravilhas mesmo depois da época apostólica. Vou colocá-lo em negrito para não confundir com minhas observações e notas, cujo objetivo é despertar-nos para determinados aspectos da vida religiosa evangélica atual.

      Ele foi extraído de História dos Avivamentos religiosos de William E. Allen, publicado no Brasil, no Rio de Janeiro, pela Casa Publicadora Batista, em 1958, com tradução de Helcias Câmara. Este livro até onde sei não foi mais publicado e é um livro raro. Nele se sente uma atmosfera de preocupação com o avivamento e uma convicção do autor da importância e urgência de um avivamento.  O próprio autor nos diz na introdução sobre o seu chamado para a evangelização do mundo e, como parte disso, um direcionamento do Espírito de Deus, para que ele estudasse os grandes avivamentos do passado especialmente “a vida e obras de Charles G. Finney”. Livros como este são muito necessários e por isso julguei útil digitar sempre que puder trechos dele que são uma inspiração para todo aquele que já começou a se convencer que só uma poderosa operação do Espírito pode transformar a realidade de morte espiritual neste mundo cada vez mais decadente. Como professor de Língua Portuguesa, julguei proveitoso fazer algumas modificações na acentuação gráfica  e na ortografia em geral para atualizá-lo permanecendo fiel ao texto original, afinal já estamos com duas pequenas reformas ortográficas: a de 1971 e a de 2009. Aí vai o trecho.

     “Este avivamento começou em 1727. Antes disso, os morávios colonos de Herrnhut não podiam viver juntos em paz. Por fim, o Conde Zinzendorf deu todo o seu tempo a trabalhar por um ajuste de suas divergências.

      No dia 12 de maio de 1727, todos eles, com grande alegria, consagraram-se  novamente ao Senhor, e prometeram sepultar os seus conflitos para sempre.

      O seguinte relatório do avivamento é tirado da “História dos Morávios”, por A. Bost. “Desde aquele tempo, houve admirável efusão do Espírito Santo sobre esta venturosa Igreja, até o dia 13 de  agosto , quando a medida da graça divina parecia transbordar completamente”.
      
      “Todo dia trazia alguma nova benção. O Conde se pôs a visitar os irmãos. Este foi o começo daqueles pequenos agrupamentos que foram depois chamados “grupos de oração”. Esses grupos consistiam de duas ou três que se reuniam em secreto, para conversar sobre sua condição espiritual, para exortar-se e reprovar-se mutuamente e orar uns pelos outros.”

      No dia 22 de junho, alguns irmãos “combinaram retirar-se, em tempos determinados a um morro perto de Herrnhut, para derramarem suas almas a Deus em oração e cânticos. No mesmo dia o Conde partiu para a silésia. Antes de sua partida, vários tomaram o compromisso de de trabalhar pela continuação do avivamento” Nessa ocasião receberam uma grande benção através da leitura da Primeira Epístola de S. João.

      “No dia do Senhor, 10 de agosto, o pastor Rothe foi tomado de um impulso fora do comum, no meio da reunião. Caiu de Joelhos perante Deus, e toda a congregação prostrou-se com ele, debaixo das mesmas emoções. Uma  corrente ininterrupta de cânticos e orações, choro e súplicas, perdurou até meia-noite. Todos os corações ligaram-se pelos laços do amor.”.

      Os irmãos realizaram um culto de comunhão fraternal na quarta-feira 13. O culto foi cheio de poder espiritual e emoção. “A congregação inteira uniu-se em oração a Deus e então cantou, entre lágrimas e soluços – “Minha alma perante Ti prostrada está’- de tal modo que quase não se podia distinguir se cantavam ou choravam. A  cena era tão comovente que o pastor quase não podia contar o que viu e ouviu”.

     “Poucos dias depois deste 13 de agosto, um notável avivamento ocorreu também entre as crianças em Herrnhut e Bertholdsdorf. No dia 18 de agosto, todas as crianças do internato foram tomadas de um extraordinário impulso do Espírito e passaram toda a noite em oração.  Desde então uma constante obra de Deus operava  nas mentes das crianças das duas cidades. Não há palavras que possam expressar a poderosa operação do Espírito Santo sobre essas crianças”.

       No dia 25 de agosto, os irmãos começaram o ministério da oração contínua, que perdurou por mais de cem anos. “Eles consideravam que, como no antigo Templo o fogo do altar nunca cessava de arder, assim  na Igreja, que é agora o Templo de Deus, as orações dos santos deviam subir incessantemente ao Senhor”.

       Em janeiro de 1728, os irmãos realizaram a sua primeira reunião missionária. “Essa reunião foi celebrada com meditações sobre diferentes porções da Santa Escritura e fervorosas orações, no meio das quais a Igreja experimentou um indizível gozo da presença do Espírito”.

       As missões morávias começaram em 1731. A obra teve início nas Índias Ocidentais e na Groenlândia. Nos anos que se seguiram foram enviados missionários para o Labrador, América do Norte, América do sul, África, Ásia , Austrália e muitas ilhas marítimas. As missões morávias foram uma poderosa força na evangelização dos pagãos, mas devemos lembrar que tudo começou no avivamento de 1727.

       Como vocês puderam observar nos relatos do livro sobre o avivamento morávio, o avivamento produziu um efeito missionário extraordinário, além das maravilhas do Espírito do Senhor nos cultos e na vida dos crentes em geral. Wesley, grande pregador e evangelista foi influenciado pelos morávios numa viagem para a América e depois na Inglaterra. Este fogo do avivamento como nos informa Sammy Tippit em O Fator Oração “acendeu em Wesley um fogo que se espalhou por toda a Inglaterra e se estende hoje por todo o mundo”.

      Observe a situação em que se encontra a Igreja Cristã hoje. Veja a diferença nos cultos das igrejas, a separação e desamor entre muitos cristãos, a falta de dedicação à obra missionária, a falha em testemunhar, a timidez, a ausência de oração na vida de muitos cristãos professos. Graças a Deus que há esperança, Deus está disposto a dar um avivamento, mas precisamos “pagar o preço”; Precisamos colocar nossos olhos na eternidade, na Escritura Sagrada, lermos mais, estudarmos mais, orarmos mais e orarmos pedindo no modelo bíblico: venha o teu Reino.

      O avivamento, esta poderosa operação do Espírito é tudo o que precisamos para uma vida de amor, testemunho e poder para transformar o mundo caído e tirar as almas acorrentadas ao pecado.

     Há esperança, eu e você podemos ser muito usados por Deus, estou convicto disto. Martin Lloyd-Jones, uma grande autoridade no assunto do avivamento nos diz:

   A história das campanhas de despertamento nos mostra claramente que Deus frequentemente age de forma excepcional, produzindo e promovendo reavivamento, e faz com que ele permaneça, não necessariamente através de ministros, mas, talvez, através de pessoas que possam ter se considerado muito humildes e sem importância como membros da igreja de Cristo.  (Martin Lloyd-Jones, Revival, Crossway, 1987. Citado por Sammy Tippit em O Fator Oração, p. 132)

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