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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Aprendendo com Martin Lloyd-Jones


                                                                                     Carmelo Peixoto


"A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (1 Coríntios 2:4-5).


  Movido pelo anseio de ver em mim e na igreja em geral uma mudança significativa em direção a maior comunhão e poder, em direção a um despertamento espiritual, selecionei alguns trechos dos escritos de Martin Lloyd-Jones, considerado por muitos o maior expositor bíblico do século XX. A lucidez desse homem, sua compreensão do problema e desafio da igreja é um legado de extraordinária riqueza para todos os pastores e líderes que não se conformam com a situação da igreja como um todo e com seu próprio ministério. Aí vão os trechos selecionados.

  “Acima de tudo o mais, veríamos que o primeiro passo não é rebaixar, mas sim, elevar o padrão requerido dos membros da Igreja. Devemos recapturar a idéia de que ser membro da Igreja é ser membro do corpo de Cristo, e de que esta é a maior honra que pode vir ao encontro do homem neste mundo. Por meio da disciplina, devemos aclamar a relação de membro da comunidade e devemos tornar a ressaltar a verdade de que Deus dá o Espírito Santo somente "àqueles que lhe obedecem" (Atos 5:32). (Marin Lloyd-Jones)

  “o avivamento não vem como resultado de o homem render-se ao que já tem; é o Espírito Santo sendo derramado sobre ele, descendo sobre ele, como aconteceu no dia de Pentecoste." (D.M.Lloyd-Jones, Os Puritanos - Suas Origens e Sucessores, p. 296.)”


Depoimento de Howell Harris avivalista do século XVIII, n país de Gales, testemunha sua experiência:

"De repente senti derreter-se dentro de mim o coração, como cera junto ao fogo, senti amor a Deus, meu Salvador. Senti também, não somente amor e paz, e sim um desejo de morrer e estar com Cristo. Depois brotou no fundo de minha alma um clamor que antes não conhecera jamais —Aba, Pai! Nada pude fazer, senão chamar a Deus, meu pai. Fiquei sabendo que eu era seu filho, e que ele me amava e me ouvia. Minha mente ficou satisfeita, e eu bradei: agora estou satisfeito! Dá-me forças, e te seguirei através das águas e do fogo" (D.M.Lloyd-Jones, Os Puritanos — Suas Origens e Sucessores, p. 297).

 Advertência

“Este é o chamamento dirigido aos religiosos hoje: devemos tomar consciência da nossa indignidade perante Deus, da distância que nos separa dos santos das eras passadas, da nossa terrível dessemelhança dos cristãos do Novo Testamento; depois devemos arrepender-nos e reconsagrar-nos a Deus em Cristo, e devemos assegurar-nos de que a religião regule as nossas vidas. Mais do que qualquer coisa, porém, devemos aperceber-nos de que o estado do mundo é tal, que nada, senão o poder do Espírito Santo pode curá-lo, e a tal ponto devemos sentir isso, que sejamos levados a dobrar os joelhos em oração a Deus, rogando-Lhe que, em Sua misericór¬dia, Ele olhe para nós com piedade e, por Seu grande nome, envie um poderoso avivamento entre nós. Esse é o único meio, essa é a única esperança, porque aos homens é impossível, mas não a Deus, pois "a Deus tudo é possível" (Mateus 19:26). (Martin LLoyd-Jones)


“A necessidade não é de aumentar a atração, mas proclamar que "estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida" (Mateus 7:14). Possivelmente, isto significa que muitos recuarão das igrejas e as abandonarão; e do ponto de vista da estatística, dos relatórios e das coletas, tudo parece sem esperança, e os que procuram manter vivas as igrejas temem. Contudo, igualmente certo, a Palavra do Senhor se cumprirá: "qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará" (Lucas 9:24). (Martin Lloyd-Jones)

Causas da decadência da pregação

  “Depois veio a terrível invenção do rádio e da televisão - eles têm sido uma grande maldição. E têm sido uma maldição por muitas e muitas razões. Uma delas, naturalmente, é que em geral você tem o tempo limitado por essas coisas, e isso é sempre destrutivo para a verdadeira pregação, como lhes mostrarei mais adiante. Em acréscimo a isso, há o elemento impessoal. Muito freqüentemente o pregador fica sozinho numa sala, o que é péssimo: não tem contato com os seus ouvintes. E há várias técnicas a respeito das quais eles têm muito que dizer; tem havido vários cursos sobre "técnicas de televisão" aos quais não faltam freqüentadores. Não posso imaginar algo tão patético como pregadores se deixarem instruir por esses pequenos peritos em televisão sobre como se conduzirem, até quanto àquele sorriso ridículo, e tudo mais. Tais cursos destroem todo o conceito e idéia da pregação”. (Martin Lloyd-Jones)

   “Outro fator que tem feito grande dano a toda a questão da pregação em nosso país, e creio que também no de vocês, tem sido um mal e falso tipo de pregação popular. Tivemos um excesso disso, especialmente em Gales, minha terra natal. Houve homens que transformaram a pregação em diversão, homens que estavam mais interessados na maneira como diziam as coisas do que nas coisas que diziam, e homens que eram peritos naquilo que, em minha bem ponderada opinião, é uma abominação, a saber, o uso exagerado de ilustrações e histórias”.(Martin Lloyd-Jones)

Sobre a pessoa de Deus

   . . .precisamos dar-nos conta de que estamos na presença de Deus. Que significa isso? Significa a percepção de algo de quem Deus é e do que Ele é. Antes de começar a proferir palavras, devemos sempre  proceder assim.  Devemos dizer-nos a nós mesmos: «Estou entrando agora na sala de audiências daquele Deus,  o Todo-poderoso,   o  absoluto, o eterno e grande Deus, com todo o Seu poder, força e majestade, aquele Deus que é fogo consumidor, aquele Deus que é luz, e não há nele treva nenhuma, aquele perfeito, absoluto e Santo Deus. É isso que estou fazendo» . . . Mas, acima de tudo, nosso Senhor insiste em que devemos aperceber-nos de que, além de tudo aquilo, Ele é nosso Pai. . .


Oração

  "Ele cuida de nós. Ele já contou os cabelos de nossa cabeça. Ele disse que nada nos pode suceder fora dEle. Depois, é preciso que lembremos o que Paulo declara tão gloriosamente em Efésios 3. Ele é «poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos,, ou pensamos». Esse é o verdadeiro conceito da oração, diz Cristo. Não se trata de ir fazer girar a roda de orações. Não basta contar as contas. Não diga: «Devo passar horas em oração; decidi-me a fazê-lo e tenho que fazê-lo» . . . Temos que despojar-nos dessa noção matemática da oração. O que devemos fazer, antes de tudo, é dar-nos conta de quem é Deus, do que Ele é, e de nossa relação com Ele". (Martin Lloyd-Jones)


   Há uma necessidade de esta geração estudar a Bíblia, mas também conhecer os escritos de homens que gastaram horas durante anos debruçados sobre a Palavra de Deus e sobre a História da Igreja Cristã. Eles tinham um nível de conhecimento elevado sobre Teologia e História. Isso lhes permitia perceber os problemas e os desafios da igreja. Precisamos aprender com eles. Eles foram exemplos de administração do tempo, de persistência, de diligência, de estudo e de fidelidade a Deus. Abraço, amados. Carmelo.














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