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domingo, 22 de junho de 2014

Oração pelo Conhecimento de Deus: O Foco do Apóstolo

                                                                                                     Carmelo Peixoto

        Hoje tive o privilégio de ministrar uma lição na escola bíblica baseada em Efésios 1:15-23. Após Paulo exultar em 3-14, por causa da salvação dos efésios e por todas as bençãos que eles possuíam por causa da fé em Cristo, agora, a partir do verso 15 até ao 23, ele ora pelos efésios. Esta oração é uma das mais encantadoras da Bíblia, uma oração bem diferente da que costuma ser ouvida em muitos círculos cristãos. Após dar graças pela fé dos efésios no Senhor Jesus e pelo amor que os efésios demonstravam  para com os santos, diz o apóstolo:
           
     "não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele;
sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder," (Efésios 1:16-19)
     
      Quero me deter no trecho dos versos 17 a 19. Estes pedidos são muito importantes porque mostram qual o foco que deve ter a nossa oração com relação aos novos convertidos, e nos faz refletir sobre o fato de que uma oração dessa é raramente ouvida no meio do povo de Deus. O seu foco é a coisa principal, identificando-se com o mandamento do Senhor Jesus de buscar primeiro o Reino de Deus antes das coisas materiais. Paulo nos coloca diante da perspectiva que temos de assumir na nossa vida cristã ainda que sejamos os únicos, uma vez que esta é a unica forma de viver o cristianismo: conhecer a Deus na mente e no coração, no entendimento e na experiência. Ele pede que Deus conceda aos "efésios espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele." O homem que tem os olhos do coração iluminados pelo nosso Deus tem uma visão de Deus  que vai mudar sua vida e a de outros. Imagine o impacto de uma pessoa que tem um conhecimento mais profundo de Deus. Pense em Isaías depois da visão no capítulo 6, quando ele reconhece que viu o Rei e reconhece que é um pecador que habita no meio de um povo de impuros lábios.
Pense em Saulo de Tarso depois da estrada de Damasco. Se os crentes desta geração não conhecem muito a Deus, então não se pode esperar ou cobrar muito de uma geração que cresceu pouco na fé. Este era o alvo de Paulo para os efésios e deve ser o nosso.

       O apóstolo vai adiante acrescentando pelo que ele ainda ora: ele deseja que os efésios conheçam a esperança do chamado de Deus. Os efésios foram chamados e atenderam a este chamado. Assim também nós os que cremos. Deveríamos orar por nossa fé para que possamos conhecer toda a esperança que temos em Cristo. Com os olhos nesta esperança seremos mais fortes, suportaremos as barreiras que se apresentam para nossos pobres olhos como intransponíveis. A preocupação que Paulo tem com os efésios deveríamos ter conosco mesmos e com nossos irmãos. Nossa oração deve ser bíblica. Devemos orar pelos novos convertidos deste modo, com esta perspectiva bíblica. 

      O que podemos tirar de lição é que o apóstolo se interessa eminentemente pelo crescimento e conhecimento dos efésios, ele sabe o efeito que este exercício espiritual vai ter na vida dos crentes. Ele não foca no material, como muitos hoje focam no concurso público, na estabilidade financeira, ainda que estas questões sejam tratadas na Bíblia e sejam válidas. Mas há pessoas vendo só a prosperidade material. Ele alinha seu discurso com a injunção que dá o Senhor Jesus: Vosso Pai sabe o que tendes necessidade, mas buscai primeiro o Reino de Deus e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (cf. Mateus 6:32-33)

      Quantos crentes de nossa geração são pequenos no conhecimento ? Se há muitos assim, talvez isso explique por que não estamos vendo muita coisa extraordinária em nossas vidas. Pouco conhecimento de Deus, pouca visão da necessidade de uma vida de louvor (não apenas louvor com a música), pouca oração por isso mesmo; pouca comunhão com Deus, pouco trabalho missionário, muita indiferença para com os que sofrem, muita acomodação, muito desvio, inconstância. Quanto prejuízo poderiam ser evitados se os novos convertidos e os velhos seguissem o que aprendemos com esta oração de Paulo. Creio que não se pode imaginar o quPaulo ainda pede pelo conhecimento das "riquezas da glória da sua herança nos santos". A herança que os cristãos têm de Deus ou que Deus tem deles. Também não podemos esquecer a herança incorruptível de que fala o apóstolo Pedro: "para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós,"(1 Pedro 1:4) Paulo igualmente pede para conhecermos a "suprema grandeza do seu poder para conosco os que cremos". 
e aconteceria se um crente, uma igreja, uma denominação resolvesse considerar a ótica que Paulo expressou nestes versos da Escrituras Sagradas.

    Ah, irmãos. Precisamos orar pela nossa própria vida de oração, precisamos ajustá-la caso não estejamos orando com esta ênfase. Conhecer a Deus, seu poder, a riqueza da glória da sua herança, a esperança do seu chamado. Que determinação! A Palavra de Deus nos dá o ponto certo, o mapa para um reavivamento espiritual, a diretriz necessária para que Deus nos use para o louvor da sua glória.   






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