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sábado, 12 de novembro de 2016

Puritanos: Vida, Teologia e Piedade

                                                                                             Carmelo Peixoto


Foi realizada a Conferência de Teologia Vida Nova em João Pessoa - PB neste mês de novembro, de 8 a 10 na Primeira Igreja Batista. Nos dias 08 e 09, a preleção ficou por conta do Pr. Ricardo Barbosa (Igreja Presbiteriana do Planalto) que no dia 09 analisou a vida e a teologia de Richard Baxter a partir de dados de sua vida e de seus escritos e no dia 10 discorreu sobre a espiritualidade e a ética na tradição puritana. Após a preleção, havia um espaço para as perguntas. No dia 10, Pr. Hélder Cardin  apresentou  A relação entre a teologia e piedade nos puritanos. Foi muito esclarecedor e abençoador por isso mesmo porque as Escrituras estavam como pressuposto das preleções.
 J.I. Packer também foi citado durante a conferência como uma autoridade que se interessou, estudou, entendeu e interpretou a vida, a teologia e a vida prática dos cristãos nos séculos XVI, XVII, XVIII. No último dia (dia 11), Pr. Hélder tratou da piedade daqueles homens e mulheres, de sua teologia, sua piedade e devoção, sua perspectiva global da vida, incluindo a família e o papel do pai, a relação com os filhos, a pregação das Escrituras, tudo com citação de frases e alusão à considerações dos próprios autores puritanos como de estudiosos em relação a eles e a igreja moderna. Sobre este último ponto, que é o que mais me cativou, quero pôr algumas considerações pessoais.

Já conhecia desde o início dos anos 90 a obra de vários puritanos. Contudo, a conferência contribuiu para a reorganização das minhas impressões sobre a igreja desta geração. E aqui enumero algumas delas:

1 De fato, enquanto igreja moderna, estamos distantes e afastados desta perspectiva prática das Escrituras na nossa vida. Somos uma igreja sem transformar a vida do mundo mas moldada, na prática, por seus paradigmas e comportamentos seculares, realidade da qual já tinha certeza  e cujas convicções agora se fortaleceram.

2 Somos crianças na fé, anões espirituais, como afirmam alguns estudiosos do puritanismo, quando comparamos a nossa vida com a deles. Não estudamos o suficiente a Escritura, não meditamos nela, não a compartilhamos com poder e não temos muito fruto por causa dessa pequenez no exercício da devoção e piedade.

3 Temos um grande desafio de voltarmos ao primeiro amor, pois separamos a vida da Teologia. Saí reconhecendo a minha pequenez e a da minha geração com a certeza de que o caminho para exaltação passa pela humilhação diante da digníssima majestade de Deus, nosso bondoso Rei e Salvador.

4 Por último, destaco que se compreendermos a nossa maior necessidade, que é nos voltarmos para Deus como nossa prioridade maior, compreenderemos igualmente de modo claro as diversas dificuldades enfrentadas pelos cristãos desta geração e teremos mais chances de resolver nossos problemas eclesiásticos em todas as suas esferas.

Por último, escrevi este post para quem não esteve na conferência, vou postar algumas citações de puritanos com mais frequência nas próximas postagens. Sei que Deus é gracioso para fazer a diferença no coração de quem busca um avivamento espiritual.  


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