Magmel blogger barra

Magmel blogger barra

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A vida Cristã Normal (Trecho)

Eis um trecho do livro A vida cristã Normal, de Watchman Nee, um enviado de Deus na China que provou seu amor por Cristo suportando, durante vinte anos, o sofrimento numa prisão comunista. Este livro tem muito a nos oferecer. Afinal, o povo de Deus precisa de conhecimento. Muitos se queixam da inércia da Igreja, mas como ela pode se apropriar da vitória que Cristo conquistou na cruz sem o conhecimento da Palavra? Abraços, Carmelo.

                            O Sangue de Cristo


O que é a vida cristã normal? Fazemos bem em considerar esta questão logo de início. O objetivo destes estudos é mostrar que essa vida é algo muito diferente da vida do cristão comum. De fato, a análise da Palavra de Deus escrita — do Sermão da Montanha, por exemplo — deve levar-nos a perguntar se tal vida já foi vivida sobre a terra, a não ser, unicamente, pelo próprio Filho de
Deus. Mas, nesta edição, encontramos imediatamente a resposta à
nossa pergunta.
O apóstolo Paulo nos dá a sua própria definição da vida cristã em Gálatas 2.20. É "não mais eu, mas Cristo". E não declara aqui alguma coisa especial ou singular — um alto nível de cristianismo. Creio que aqui apresenta o plano normal de Deus, para o cristão, que pode ser resumido nas seguintes palavras: Vivo não mais eu, mas Cristo vive a Sua vida em mim.
Deus nos revela claramente, na Sua Palavra, que somente há uma resposta para cada necessidade humana — Seu Filho, Jesus Cristo. Em toda a Sua ação a nosso respeito, Deus usa o critério de nos tirar do caminho, pondo Cristo, o Substituto, em nosso lugar. O Filho de Deus morreu em nosso lugar, para obter o nosso perdão; Ele vive em vez de nós, para alcançar o nosso livramento. Podemos falar, pois, de duas substituições — uma Substituição na Cruz, que assegura o nosso perdão, e uma Substituição interior que assegura a nossa vitória.. Ajudar-nos-á grandemente, e evitará muita confusão, conservar constantemente perante nós este fato: Deus responderá a todos os nossos problemas de uma só forma: mostrando-nos mais do Seu Filho.
                            Nosso problema duplo: os pecados e o pecado
Tomaremos agora, como ponto de partida para o nosso estudo da vida cristã normal, aquela grande exposição da mesma que encontramos nos primeiros oito capítulos da Epístola aos Romanos e encararemos o assunto de um ponto de vista experimental e prático. Será de grande auxílio notar, em primeiro lugar, uma divisão natural desta seção de Romanos em duas, e notar certas diferenças evidentes no conteúdo das duas partes.

Os primeiros oito capítulos de Romanos constituem em si mesmos, uma unidade completa. Os quatro capítulos e meio, de 1.1 a 5.11, formam a primeira metade desta unidade, e os três capítulos e meio, de 5.12 a 8.39, a segunda metade. Uma leitura cuidadosa revelar-nos-á que o conteúdo das duas metades não é o mesmo. Por exemplo, no argumento da primeira seção encontramos em proeminência a palavra plural "pecados". Na segunda seção, contudo, esta ênfase é modificada, porque, enquanto a palavra "pecados" ocorre apenas uma vez, a palavra singular "pecado" é usada repetida vezes, e constitui o assunto básico e principal das considerações. Por que assim?
Porque, na primeira seção, considera-se a questão dos pecados que eu tenho cometido diante de Deus, que são muitos e que podem ser enumerados, enquanto que, na segunda, trata-se do pecado como princípio que opera em mim. Sejam quais forem os pecados que eu cometo,é sempre o princípio do pecado que me leva a cometê-los. Preciso de perdão para os meus pecados, mas preciso também de ser libertado do poder do pecado. Os primeiros tocam a minha consciência, o último a minha vida. Posso receber perdão para todos os meus pecados, mas, por causa do meu pecado, não tenho, mesmo assim, paz interior permanente.
Quando a luz de Deus brilha, pela primeira vez, no meu coração, clamo por perdão, porque compreendo que cometi pecados diante dEle; mas, após ter recebido o perdão dos pecados, faço uma nova descoberta, ou seja, a descoberta do pecado, e compreendo que não só cometi pecados diante de Deus, mas também que existe algo de errado dentro de mim. Descubro que tenho a natureza do pecador. Existe dentro de mim uma inclinação para pecar, um poder interior que leva ao pecado. Quando aquele poder anda solto, eu cometo pecados. Posso procurar e receber o perdão, depois, porém, peco outra vez. E, assim, a vida continua num círculo vicioso de pecar e ser perdoado e depois pecar outra vez. Aprecio o fato bendito do perdão de Deus, mas eu desejo algo mais do que isso: preciso de livramento. Preciso de perdão para o que tenho feito, mas preciso também de ser libertado daquilo que sou.
Extraído de http://pt.scribd.com/doc/15597358/evangelico-watchman-nee-a-vida-crista-normal
 Veja outras postagens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário