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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Falta de oração pelo País

                                                                                                  Carmelo Peixoto

"E digo isto, e testifico no Senhor para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade de sua mente"   Efésios 4:17
 
   Tenho que concordar com autores afirmam que sempre que a oração enfraquecer no meio do povo de Deus é sinal de que o orgulho se fortaleceu nos corações. O orgulho não depende de Deus, ele integra a esfera da autoconfiança e da ingenuidade de que é possível vencer Satanás e seus anjos com apenas a inteligência humana. É o tipo de disposição interior marcada pela certeza antes do exame dos fatos.

  Após o apóstolo exortar os efésios a guardarem a unidade do "Espírito pelo vínculo da  paz", após revelar que "a graça foi dada a cada um de nós conforme a medida do dom de Cristo", depois de expor a diversidade e os objetivos dos dons, ele nos adverte que não sejamos mais meninos influenciados por qualquer doutrina de homens fraudulentos que enganam com astúcia; depois destas palavras, ele nos manda seguirmos a verdade em amor.                    

   Seguir a verdade em amor é o contrário do que está no versículo que introduz este texto. Os gentios viviam  uma vida de vaidade na sua mente. A mentira os guiava e a falta de amor. Viviam entenebrecidos de entendimento e não na luz do Senhor, separados de Deus pela ignorância que havia neles, pela dureza do seu coração. É a vaidade, a inutilidade de se deixar levar pelo coração enganoso que destrói a pureza do coração. O orgulho mora aí.

    Diz Paulo: temos que rejeitar isto, temos que abandonar a vaidade, ao contrário dos gentios. Temos que andar na luz do Senhor. Uma vida que anda na luz do Senhor está devocionalmente correta, está apta a interceder pelos pecadores, não se contentará em perder seu tempo com futilidades, estará esperando o Senhor Jesus, não se deixará levar por falsas doutrinas, saberá gerenciar seu tempo de comunhão e serviço a Deus e cumprirá suas obrigações sociais; uma vida que abandona a vaidade de seus pensamentos carnais se eleva ao campo da espiritualidade e por isso pode ver não apenas a necessidade dos mais próximos, mas da igreja, dos pobres, da nação, das nações. É uma vida ativa, alerta, vigilante, intercessora, que acrescenta conhecimento onde chega; sua fonte está em Deus, não se esgota no serviço do Rei, digo não desanima pois seu olhar está no Senhor que o livrará dos laços do homem mau.

    Estamos vivendo esta vida? Podemos dizer que a igreja deste país está vivendo esta vida? Vemos homens mulheres e crianças orando com prazer? Estamos clamando por um avivamento em nossas vidas e na vida da igreja? Temos predominantemente nos queixado ou intercedido pela igreja do nosso país? O que ocupa lugar principal na nossa mente e no nosso coração diz respeito à obra de Deus nos corações (buscando primeiramente o Reino de Deus) ou estamos dando mais importância às coisas que queremos acrescentar para nós? Quem tem a primazia em nossa vida é a vontade de Deus para nós ou os nossos sonhos?

   Vê como é difícil? Vê o quanto precisamos mudar? Não pode haver reavivamento na sociedade se a a igreja não andar na luz do Senhor; não há avivamento enquanto estivermos no controle. Não importa o que façamos, Deus continuará dizendo para nós "...Sede santos, porque eu sou santo." 
(1 Pedro1:16).

Creio que o grande e primeiro desafio para a igreja neste país é este: abandonar a vaidade de nossa mente e deixamos Cristo nos ensinar a cada momento, aprendermos com Ele. Olhar o mundo com a visão dEle, da Sua Palavra. O avivamento haverá de vir, se o soberano e misericordioso Deus assim desejar. Não se pode cobrar uma vida de oração de uma igreja que anda na vaidade de sua mente. Oração tem a ver com visão, compreensão espiritual, quebrantamento. Intelectualismo cristão não produz isto. Pode trazer certa compreensão, mas a espiritualidade profunda está ligada ao coração. Deste esquecemos. Ele é o mais importante (Provérbios 4:23).

A falta de oração neste país, inclusive por este país,  o pouco interesse por questões do futuro da igreja e de nossos filhos tem a ver com a falta de visão espiritual, com a falta de compreensão espiritual. "Não sejamos como meninos", esta deveria ser a nossa atitude; conhecer mais de Cristo, interceder pela igreja deste país, interceder por esta nação, orar por um avivamento. Mas esta vitória virá somente quando consertarmos nossa postura.





   





sábado, 16 de julho de 2016

Jesus Alertou, Paulo Explicou, o Povo Esqueceu

                                                                                           Carmelo Peixoto

    Disse Jesus para os discípulos "Vigiai e orai para que não entreis em tentação..." (cf. Mateus 26:41); Paulo, por sua vez, nos chamou a nossa atenção para o fato de que o pecado "me enganou e me matou" (Romanos 7) e que não devemos andar na carne (Gálatas 8); além disso Paulo descreve os inimigos espirituais em Efésios 6:10-18.

    O povo, contudo, esqueceu destas exortações. É triste ver tanto texto no meio evangélico falando de vitória sem falar da cruz, do arrependimento de pecados, da luta contra a carne. O foco tem sido o "inimigo", Satanás, como se tivéssemos só um inimigo. Há uma mentalidade simplificadora nesta geração que pode vencer as batalhas da vida sem a oração, sem a vigilância contra o nosso próprio pecado, a carne, o mundo e o diabo.

    O resultado disso vem sendo demonstrado em fracassos na evangelização por parte da igreja,  fracassos no conhecimento bíblico e na sua aplicação no viver diário,; na vida de muitos crentes velhos na fé nas igrejas que nunca choraram por uma alma;  na destruição de famílias pela sedução de homens, mulheres por causa da inversão dos valores; na desconstrução e eliminação dos absolutos e na sedução dos jovens pela via dos apelos sociais de ordem moral anticristã; um festival de problemas que denunciam a falta de poder da igreja diante das batalhas.

    Não há por que minimizar o alerta de Jesus e a seriedade das exortações de Paulo com respeito à batalha espiritual. A luta é grande. Alguém objetará com razão que temos um grande Deus. Mas muitos se esquecem de que temos de fazer a nossa parte: odiar o pecado, colocar o reino de Deus em primeiro lugar e, por conseguinte, ler, orar, buscar ao Senhor, ter intimidade com Ele para ter poder espiritual de testemunhar da sua graça e, assim, sermos seus resplandecentes luzeiros neste mundo.

    Gostamos das últimas novidades, das últimas notícias, das últimas discussões. Mas não temos tempo de parar e ficar a sós com Aquele que criou todas as coisas e que nos salvou pela sua graça mediante a fé nos sangue de Seu Filho. Não nos incomoda o sofrimento no Iraque e na Síria imposto pelos grupos de terroristas; não encontramos tempo para um devocional em família a não ser quando a barra pesa no bolso. Preferimos os passatempos ao prazer de um tempo dedicado à comunhão e à oração.

    Creio que o erro desta geração está em minimizar a seriedade e a importância das palavras de Jesus e das exortações de Paulo. Há gente distraída demais. Há gente que acha que o diabo parou de perseguir a igreja. Há gente que não crê que o diabo é inteligente o suficiente para produzir falácias na Ciência, na Política, na filosofia, etc.

    Quanta ingenuidade! Deus na sua fidelidade tem ouvido nossas orações, mas nos chama a um exame diário do que está errado em nós. E penso que tudo começa com o arrependimento de negligenciar a leitura e o estudo da Palavra e orar pouco. A igreja foi feita para vencer. Mas temos que fazer a nossa parte: ler, estudar e amar a Palavra; vivê-la. Orar perseverantemente. Depois as coisas irão ficando mais claras. Nossa falta de poder é uma excelente oportunidade de examinarmos o nosso coração para sabermos onde estamos errando e podermos consertar as coisas diante do nosso Pai, que é rico em perdoar, que começou boa obra em nós e que vai terminá-la.