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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Rejeitado e Desprezado

                                                                                          Carmelo Peixoto

Queridos, este assunto parece estar fora de moda neste mundo de apressados. Queremos resultados imediatos. Lutamos por colocar em prática um ministério sem a direção e orientação de Deus, sem oração. "O importante é fazer", ao que parece, é o lema de muitos. Os resultados não são considerados. Pode ser que um assunto como rejeição e desprezo não vá atrair muitos leitores para este post por causa desta tônica na  cultura religiosa de nossa época.Todavia é da maior importância que ponderemos sobre um ponto no Evangelho de Jesus Cristo que contradiz os apressados e os que se dedicam a esforços visando resultados rápidos.

Jesus diz em Lucas 19:10 que "o filho do homem veio buscar  e salvar o perdido", revelando assim o objetivo de sua missão no mundo. O sofrimento de Jesus, sua paixão e morte, fazia parte central nesta missão pois "sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados" (cf. Hebreus 9:22).  Jesus curou, ressuscitou, ensinou, libertou oprimidos do diabo. Ele sempre fez o bem, ninguém pegou nem conseguiraá encontrar nEle alguma falta. No entanto, o mundo e, particularmente, os judeus o rejeitaram e o desprezaram. "Que mal fez ele?", perguntava Pilatos diante de um grupo de religiosos que lhe pediam a morte.

No capítulo 53 de seu livro, o profeta Isaías afirma que Jesus " Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens..." (cf. Isaías 53:3). No entanto, Este mesmo Senhor Jesus, o servo sofredor, chamando a si a multidão, com seus discípulos, afirma que "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me". (Marcos 8:34).  É muito significativo o fato de que ele nos transfere a mesma condição de tomar a cruz, seguir seus passos. A modernidade e a pós-modernidade, modelos culturais seculares, influenciaram a presente geração de cristãos que estes chegaram ao ponto de deixarem esta compreensão para trás. O resultado é que a autocomiseração toma conta da vida de muitos crentes. Ele fogem do sofrimento. Parece que eles não entendem que faz parte da vida cristã o ser rejeitado e desprezado, conquanto seja um ponto claro no ensino do Novo Testamento:

"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim". (João 15:18)
"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo". (João 17:14)

Todavia, o que temos em Cristo é suficiente para nós, Cristo satisfaz a alma faminta, dá aos pobres, Seu grande amor com que nos amou enche o coração de alegria, mas do que a alegria dos perverso quando se lhe multiplicaram o trigo e o vinho. O Caminho de Deus é perfeito, a palavra de Deus é escudo para os que caminham na sinceridade, faz que o solitário vive em família, que a estéril seja alegre mãe de filhos; Sua justiça permanece para sempre, o Senhor é bom, eterna a sua misericórdia, sempre ouve as orações do aflito e contrito de coração. Ele dá o que nenhum falso amigo ou mesmo cristão que não nos compreende pode dar. Cristo satisfaz. Ele escolheu as coisas fracas para confundir as fortes. Portanto, meu irmão, não saia do seu lugar, quanto mais firme e fiel você e eu formos a Cristo, maior será a rejeição de um mundo egoísta e de uma igreja desviada do Novo Testamento. Não fuja da cruz, ela é um meio de você se chegar mais perto do Seu Salvador, de beber em sua fonte inesgotável de esperança, de sentir no seu coração a alegria indizível que temos nesta graça maravilhosa. Rejeitado e desprezado para a glória de Deus.

Permaneça na cruz: ali só os remidos se gloriam, nenhum hipócrita religioso pode estar nem compreender quão precioso é viver em Cristo e seguir os seus passos. Batalhe pela causa da verdade e da justiça como o seu herói, o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores. Aleluia, Ele é digno de receber toda a glória. É um privilégio ser rejeitado e desprezado. Você não é o único. Ore a Deus por um avivamento na sua vida e na vida da igreja. Quando estivermos na piedade que Ele espera de nós, Ele derramará uma copiosa benção de colheita de almas para a glória do seu nome, a glória excelsa e insondável da qual um dia por completo desfrutaremos, por causa do sacrifício redentor de Jesus Cristo.










sexta-feira, 15 de maio de 2015

Igreja com Pouca Oração

                                                                                              Carmelo Peixoto

"E, perseverando unânimes todos os dias no Templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração," (Atos 2:46)

O título faz menção à igreja, mas vou incluir neste post igreja local com o crente considerado individualmente. Penso em quanto tempo desperdiçado com outros apelos sociais: internet, tv, programações, reuniões, discussões intermináveis. Nossa geração de crentes não conhece a história da igreja para ver o que Deus fez ao longo de todos os séculos. Ao que parece, os crentes que eu conheço, nesta geração, com conhecimento mediano, que é a maioria,  conhecem bem de 40 anos pará cá. Seguem alheios à batalha espiritual contra o mal, não se informam do sofrimento de milhares de vidas expulsas de suas casas e de seus territórios, desabrigados por terremoto, por perseguição, por guerra civil. Suas vidas se resumem a cuidar de suas vidas e de seus "pequenos" sonhos, seu negócio, seu ministério na igreja local, seu restaurante, seu plano de viagens. Estas coisas com certeza são boas e necessárias. Não nego o valor delas, eu também desfruto delas. Há, contudo, dezenas de pessoas que passam de largo ao sofrimento do outro ou por falta de crescimento ("esqueceram da purificação dos seus antigos pecados" - cf. 2 Pedro 1:19) ou por um perfil angustiado que pensa exclusivamente em si e na sua família. Outros gastam tempo com o time de futebol do coração mas não com oração. Gastam tempo em projetos seculares mas não em oração. Compreendo isto sem dificuldade. Por outras palavras, a vida de oração é para aqueles que leem diariamente a Palavra de Deus, que se informaram da condição do homem no mundo, para aqueles que não se deixam iludir com a aparência deste mundo, que não trocam uma vida de serviço a Deus e ao próximo pelo conforto material. A vida de oração só pode ser vivida por aqueles que não param de vigiar obedecendo à orientação de Cristo: "Orai e vigiai para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41). A vida de oração só faz sentido para aquele que não trocou o amor pelas almas e o amor ao Reino de Deus pelo "lugar ao sol" neste mundo escuro. E perfeitamente compreensível que a calamidade moral que assola este mundo em todas as áreas da cultura coincide historicamente com a crise de integridade e de autenticidade na igreja cristã.

Uma igreja com pouca oração não é o projeto de Deus. Deus quer uma igreja que ore sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17), que persevere em oração (como está no livro de Atos 1:14;2:46); Deus deseja que o Seu povo interceda pelos pecadores, tome a sua cruz e siga o Seu Mestre. Uma igreja em que Deus seja a prioridade, o Seu Reino, o anelo de seu povo, o engrandecimento do Reino de Deus na Terra, o seu alvo, e a exaltação de Cristo seja o fator central em toda a vida cristã no mundo inteiro. Ora, não se concebe nada disso sem uma vida de oração extraordinária, perseverante, suplicante; não se concebe esta vitória sobre o mal com um coração dúbio, dividido entre dois senhores ( O Senhor e as riquezas). A vida de oração funciona como um termômetro da nossa comunhão com o nosso Deus. Quanto mais íntimos de Deus, mais prazer na oração, mais oração perseverante, mais vigilância, mais visão espiritual. Não se pode como crente levar um estilo moderno ou pós-moderno. A cruz de Cristo, a renúncia à carne e estar crucificado para o mundo integram o ensino do Novo Testamento.

Neste sentido, é fundamental pensarmos em Jesus, o que ele fez por nós na cruz, o que Ele é para nós, o que Ele faz por nós, o que Ele fará por nós. Ah, irmãos. Mas é preciso orar igualmente por isso, pois esquecemos com facilidade. Devemos clamar que Deus toque no nosso coração para nunca nos esquecermos de sua obra redentora e devemos clamar que Ele nos dê o impulso para servi-LO visando a promoção do Seu Reino; para que ele aqueça o nosso coração a fim de alcançarmos outros. Esta deve ser a atitude e a  atividade principal em nossa vida de oração. Além disso, a prática  de alcançar outros deve colorir nossa vida cristã. Uma vida que não ora por isso deixa de focar no principal que é a glorificação do nome de Deus nos que são salvos. O mal neste mundo é muito grande, o crente, por outro lado, é o único que pode desfrutar da alegria perfeita neste mundo, e não há maior alegria do que comemorar a salvação de alguém juntamente com o Céu. Uma igreja com pouca oração e uma vida com pouca oração passarão ao largo de toda esta maravilhosa graça de lutar ao lado daquele que espera que o façamos, ao lado daquele que já venceu o mundo e nos resgatou para o Seu Reino celestial, o qual jamais terá fim. Avivamento é o fruto que se colhe de uma vida de fidelidade. A oração tem lugar central juntamente com a obediência à Palavra nesta maravilha da graça de Deus, que é o avivamento.












quinta-feira, 7 de maio de 2015

Orar pela Vida de Oração

                                                                                                Carmelo Peixoto

É quase certo que esta é a mais importante petição nestes tempos de perseguição, batalha espiritual e violência contra o povo de Deus. Uma vida de oração tem sido a característica presente que antecede os avivamentos. Chega uma hora que o cristão não pode ficar de fora. As forças do mal no mundo espiritual e suas maquinações nos sistemas deste mundo trabalham constantemente contra o bem, o amor, a liberdade e o louvor a Deus: "o tumulto daqueles que se levantam contra ti aumenta continuamente." (Salmo 74:23b)

Apesar de toda esta batalha das forças do mal, das hostes de satanás, contra a igreja, Cristo, pela força do poder de Deus, foi colocado "acima de todo o principado, e poder, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; " (Efésios 1:21). Portanto, temos esperança, temos a última palavra do triunfante Salvador e Senhor. Mas... precisamos interceder em favor da causa de Cristo neste mundo: Primeiramente orar por um avivamento da igreja no nosso país, lembrar das maravilhosas intervenções de Deus na história, não desistir: "na oração perseverantes". Precisamos orar pela nossa oração, pois ela é um recurso para Deus sacudir este mundo. Este mundo precisa ser sacudido. Não podemos ser meros espectadores vendo as coisas acontecerem ao nosso redor sem fazer nada. Uma igreja fria com pouco conhecimento sobre a Bíblia, sobre a oração, sobre a graça de Deus. Um mundo desesperado escravo da violência e corrupção e do paganismo, que, diga-se de passagem, voltou à tona com muita força.

De nada adianta pesquisar sobre versículos e textos sobre avivamento se não dermos um passo concreto de uma vida de oração em que coloquemos diante de Deus os nossos pecados, a nossa indiferença, a nossa falta de poder, o  nosso pouco crescimento, o apego à carne, o conformismo ao mundo. Precisamos orar como o salmista: "a minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra." (Salmo 119:25)

Irmãos, temos de orar pela nossa vida de oração. Devemos confessar nossa vaidade e pedir misericórdia para este país e para este mundo sem esperança, imerso na desordem moral, na desorientação, no vazio. Para isto temos de levar uma vida de dedicação a Deus, marcada, entre outras coisas, pela vida de oração. É a oração que Deus responde. É um meio pelo qual os crentes podem desfrutar das bênçãos de Deus. Os avivamentos estão associados à oração perseverante (oração extraordinária como disse Jonathan Edwards). Disso resulta que, se não estamos orando, devemos orar pela nossa vida de oração. Deus vai responder, creio sim, pois a própria Palavra de Deus exorta: "Orai sem cessar" (1 Tess 5:17).

Uma vez que nossa vida de oração esteja fortalecida, podemos perseverar e nos comprometer com a intercessão, confissão, louvor, e tudo que está implicado nesta dádiva. Quem não ora perde tempo, se não perder a vida toda. É uma vida inútil a que não ora pelos que sofrem, pelos que enfrentaram um terremoto, pelos que estão deprimidos, pelos enfermos, pelas autoridades, pela igreja, pela santidade, pelo socorro de Deus, pelo fortalecimento, pelo crescimento no conhecimento de Deus e na graça de Cristo. Ah, irmãos, se fôssemos enumerar.

Por esta razão, oração e perseverança aparecem juntas em várias passagens. Cito só algumas.

Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; Colossenses 4:2
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. Atos 6:4
Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; Romanos 12:12
Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. Atos 1:14

Não citei ainda Efésios 6:18 e 1 Samuel 1:12.
A obra é grande porque a luta contra o mal é imensa, uma batalha contra um inimigo invisível e sagaz. Não podemos, além disso, esquecer o que o senhor disse: "porque sem mim nada podeis fazer" (João 15:5c).

Então, amado, se você não está orando, ore pela sua vida de oração. Comece por aí. A sua vida de oração vai mantê-lo no foco, na batalha, na dedicação, vai abrir os horizontes espirituais. Deus haverá de responder a um coração que O busca. Nada mais significativo e prazeroso do que levar uma vida que pensa no outro, que intercede pelo homem, que clama por justiça, que se compromete com o Reino de Deus.





o tumulto daqueles que se levantam contra ti aumenta continuamente.
Salmos 74:23

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O papel da Oração no Avivamento (Edwin Orr)

O Dr. Edwin Orr foi uma das maiores autoridades sobre avivamento no Século XX. Este pequeno vídeo legendado em português é bastante esclarecedor. Espero poder contribuir com esta postagem.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

A Fé do Centurião

                                                                                          Carmelo Peixoto

Com o episódio envolvendo aquele centurião de Mateus 8, temos um grande ensinamento sobre a fé cristã. As palavras de Jesus são o meio pelo qual compreendemos a qualidade desta fé: "Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé" (cf. Mateus 8:10) Então devíamos apreender esta qualidade de fé no contexto. Vamos por parte.
Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé.
Mateus 8:10

Primeiramente, o centurião diz: " Senhor, não sou digno que entres em minha casa" (cf. Mateus 8:8a). Notamos primeiramente que ele chama Jesus de Senhor. Ele reconhece que Jesus é o Senhor. Há muitos hoje que não reconhecem o senhorio de Jesus e se referem a Jesus apenas como salvador. De fato, além de Salvador, Ele é Senhor.

Em segundo lugar, ele sabe que é um pecador e, por isso, indigno da presença de Jesus em sua casa. Ele olha para si e não vê nada de bom, ao contrario de muitos cristãos professos de hoje que têm dificuldade de reconhecer e pedir perdão quando ofende alguém, mesmo quando sabe que pecou ou sabendo que o outro está ofendido. Ah, quantos cristãos demoram a reconhecer o seu pecado, não dão um passo tão importante. Acham-se ainda muito importantes. Na nossa vida, somos abençoados quando estamos em acordo com a Palavra de Deus. Não há benção sem obediência.

Em terceiro lugar, ele confia na Palavra de Jesus: "porém, dize somente uma palavra e o meu criado há de sarar". Reconheceu que Jesus tinha autoridade para curar, sarar as doenças. Reconheceu a autoridade daquele em quem foram criadas todas as coisas (Colossenses 1:16). Reconheceu o poder de Jesus sobre a criação, sobre as criaturas. Aquele homem era um pagão, um soldado romano. Que exemplo tremendo esta passagem nos mostra. Não há obstáculos para a fé.

Por último, aquele homem afirma sua condição de autoridade relacionando a autoridade de Jesus, reforçando sua confiança no salvador bendito. Ele diz que tem soldados as suas ordens e eles lhe obedecem. É uma fé que situa o crente numa relação com o salvador e com os outros, pelos quais ele intercede. Uma fé autentica e exemplar, uma fé que se preocupa com os da sua casa.

Ah, que a nossa geração tenha esta fé, que saibamos reconhecer nosso lugar, que reconheçamos o senhorio de Cristo, nosso salvador, que tenhamos uma fé que deposite a confiança no que Ele mandar, uma fé que extrapole as barreiras entre senhores e criados.  A fé verdadeira é assim, simples e profunda. O homem se humilha diante de Cristo e então é honrado. Jesus o elogia por sua fé. Jesus atendeu a sua oração.