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sábado, 1 de outubro de 2011

Oração: Resposta para a Inquietação

                                                 Carmelo Peixoto
       
         Quem mais se queixa é quem menos ora. As ocasiões em que eu me vi me queixando da situação da igreja cristã no mundo, especialmente no meu país, foi o tempo em que também estive orando pouco. Não há no Novo Testamento exortações do tipo “queixando-vos uns aos outros dos vossos irmãos e das vossas igrejas, para que consigais alterar a situação”. Ao contrário, há exortações a perseverar em oração, a ser paciente na tribulação a se alegrar ainda que a figueira não floresça, etc., palavras que direcionam para atitudes de fé e esperança. Há, sim, um preceito que aponta para o oposto: “Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.” (Tiago 5:9).
          A carne é impaciente. Temo que muitos cristãos estejam cheios de problemas sem conseguir sair deles porque, apesar de todas as gloriosas promessas dadas a nós por Deus, eles parecem não acrescentar, sobre a sua fé, a virtude e à virtude, o conhecimento, etc, como nos ensina Pedro na sua segunda epístola. Parecem viver vidas derrotadas, agindo na carne, tentando pegar as bênçãos do seu modo, com medo de perdê-las, caso algo dê errado nos seus projetos, e outros enganos do pensamento carnal. Os cristãos que eu tenho visto com vários problemas em muitos casos são, ao que parece, quase sempre pessoas de pouca oração e pouca leitura, ao que se me afigura na mente não se apropriam de um grau de intimidade com Deus que lhes permita um discernimento espiritual de como Deus opera, na sua bondade e  não discernem também erros de filmes, livros, atitudes, pregadores, etc. Colhem o que plantaram com a sua negligência da oração e da leitura da Bíblia: ignorância e embaraços.
         Eles se queixam da igreja, das programações, aprendem a participar de boataria, sabem coisas que até certos oficiais e líderes da igreja não sabem mas que já chegaram aos seus ouvidos; tornam-se ingratos, não seguram sua língua, vivem vidas mesquinhas, do tipo, me dá me dá. Quando podem repartir as benção e avisar a outros se calam. Este é o destino de um tipo de pessoa que não cresce na fé. Quando procuram sabedoria, não acham; Criticam as  atitudes carnais dos irmãos, mas não veem os seus próprios pecados. Eles parecem não valorizar a oração. Fico pensando se esses irmãos que crescem lentamente creem que os mais velhos na fé não percebem a falta de conhecimento deles sobre a Bíblia; será que ingenuamente acreditam que podem vencer o diabo sem orar muito e sem conhecer a Palavra de Deus?
        Para eles, ficam os exemplos dos que oram e se tornam sábios e conseguem alavancar um ministério na paz de Cristo, sem contendas; para eles, fica o testemunho dos que cresceram na fé e adquiriram um espírito manso e tranqüilo, um coração quebrantado; para eles ficam os exemplos de irmãos e irmãs que, nas prisões comunistas da China  e da Coreia do Norte, passaram décadas presos e maltratados sem perder a esperança e a alegria, irmãos anônimos cujo galardão está com o Senhor da glória; para eles, ficam os exemplos dos homens e mulheres que, mesmo depois dos tempos bíblicos, já na era moderna, marcaram a igreja com os grandes hinos da fé, com as gigantescas obras missionárias, com grandes obras teológicas e devocionais, nas quais brilha a luz da Palavra de Deus; para eles fica a vida do apóstolo Paulo, que se esforçou e aguentou tudo para que o evangelho de Jesus Cristo se espalhasse entre os gentios e, por fim, fôssemos alcançados por esta tão grande salvação. Para eles fica a exortação do apóstolo Pedro:
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 
(1 Pedro 2:9)
         Note esta segunda parte: “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Como poderão anunciar se não estiverem dedicados à oração, se não lerem bastante a Palavra, se levarem uma vida de pouca intimidade com o Senhor? Para eles, ficam as gloriosas promessas como “E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” (Mateus 21:22) ou “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 18:19). Por que então tanta inquietação, por que tanta queixa? Creio que falta oração na vida de muitos. Eu também me cuido com isto. Quero terminar com Paulo: Não estejais “inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.” (Filipenses 4:6).

     Blog oração e avivamento: carmelopeixoto.blogspot.com

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